Wednesday 29 June 2016

Mozefo premeia cinco empresas e empreendedores portugueses que fazem

No jantar de gala que contou com a presença do Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa

A primeira conferência internacional Mozefo, que serviu, igualmente, de lançamento da segunda edição do fórum, culminou, ontem, com a realização de um jantar de gala que contou com a presença do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e do antigo presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, e várias outras entidades que representam os dois países.Durante o evento, foram homenageadas cinco entidades que simbolizam o investimento português em Moçambique. Trata-se do Grupo Visabeira, que opera no mercado moçambicano desde os anos 90; Grupo João Fereira dos Santos, em Moçambique há 119 anos; Millennium BCP, accionista maioritário do Millennium bim, a operar em Moçambique há 21 anos; os empresários Adolfo Correia, da Tropigália; e José Alexandre Ascensão, da Servitrade. Foram ainda condecoradas empresas e instituições que apoiaram a realização da conferência, nomeadamente, Câmara Municipal de Cascais, Câmara de Comércio e Indústria de Portugal, Mota-Engil e empresa CTT.No seu discurso, o presidente do Conselho de Administração do grupo Soico homenageou a embaixadora de Moçambique em Portugal, Fernanda Lichale, e o embaixador de Portugal em Moçambique, José Augusto Duarte - que entretanto cessou funções, para assumir o cargo de assessor diplomático do presidente de Portugal - pelo empenho na promoção e apoio dos empresários portugueses e moçambicanos.Daniel David também enalteceu o encorajamento do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, de se levar o fórum Mozefo a Portugal, por isso, anunciou que, próximo ano, o grupo Soico planeia levar um evento da cultura moçambicana a Portugal.No jantar, discursou também o antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, que falou da importância da aproximação entre Moçambique e Portugal. Enalteceu o papel das empresas portuguesas que não abandonaram o país logo após a independência, tal é o caso do Grupo João Ferreira dos Santos, a Entreposto Comercial e outras, assim como cidadãos singulares portugueses que se dispuseram a ajudar Moçambique recém-independente. E disse que é esse o espírito que deve nortear, hoje, as relações entre os dois países.Referiu que eventos como Mozefo servem para aprofundar o conhecimento mútuo, porque só através do conhecimento é que se pode gerar confiança, condição primordial para o investimento. Chissano disse que os moçambicanos não têm medo de os portugueses voltarem a investir em Moçambique, porque têm plena certeza de que a mentalidade dos portugueses de hoje não é feita de pessoas que têm pretensões colonialistas ou neocolonialistas, mas de empresários que querem, de igual para igual com os moçambicanos, firmar parcerias que podem gerar ganhos para ambos.O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o último a discursar. Começou por elogiar o antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, por ter feito muito durante a sua magistratura pelas relações entre Moçambique e Portugal. Como exemplo, recordou o facto de quase todas as cinco empresas homenageadas terem sido estabelecidas em Moçambique durante a presidência de Joaquim Chissano, o que mostra o quão acarinhou o investimento português no país. Mas também disse que as relações com o actual presidente, Filipe Nyusi, seguem pelo mesmo caminho.Marcelo Rebelo de Sousa contou aos presentes que, no dia do jogo entre Croácia e Portugal, quase no fim da partida, recebeu uma chamada de Filipe Nyusi a querer saber do resultado do jogo. “Ligou e disse ‘não estou em Maputo, mas estou aqui com um grupo a sofrer. Mas quanto tempo falta para acabar o jogo? É que nós temos que ganhar, nós estamos aqui a sofrer, acha que é possível perdermos o jogo?’. Naquele momento, o telefonema que recebemos com mais afecto não foi dos outros chefes de Estado (...) o mais intenso e afectivo foi do presidente moçambicano, que era natural e espontâneo”, disse, para exemplificar o quão são afectivas as relações entre os dois países.




O País

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