Wednesday 22 June 2016

Renamo diz que PGR é inoperante e protege Frelimo


Informe anual PGR


A bancada da Renamo, reagindo ao informe anual da PGR, na manhã de hoje, foi incisiva, começando por dizer que "todas as ilegalidades e crimes do regime colonialista da Frelimo são públicos e cometidos à luz do dia. No entanto, a Procuradoria-Geral da República não faz constar nos seus informes. A PGR, como advogada do Estado, defensora dos interesses de todos nós, deveria exercer a sua acção fiscalizadora de legalidade, no lugar de apenas lamentar a subida dos níveis de criminalidade como se de um cidadão comum se tratasse. Esta situação da inoperacionalidade da PGR faz perder confiança ao sistema judicial, daí o frequente recurso à justiça com próprias mãos", disse Mário Ali, da Renamo.
Quanto à questão dos raptos, de acordo com a Renamo, o informe da PGR aponta apenas os dados numéricos comparativos no período em análise, mas não esclarece detalhes sobre os autores. Além disso, "o informe não inclui número de raptos aos membros da Renamo e de outros partidos políticos, que continuam a ser perseguidos pelo regime", continuou Ali. "A Procuradoria age com muita ou pouca celeridade, dependendo de se o caso pertence aos membros da oposição ou não. Quando num caso a vítima pertence a Renamo, nada acontece e nunca há provas. Por outro lado, quando um secretário da Frelimo faz uma queixa, tem logo razão, e a prisão do acusado é imediata, mesmo sem provas".
Na opinião da "perdiz", a PGR não está interessada em investigar crimes de que os membros da oposição são vítimas. "A PGR é usada pelo regime colonialista da Frelimo para travar os projectos de inquérito da EMATUM e dívida pública que os partidos requereram. Exigimos que a PGR actue com rigorosidade, visto que se trata de fragrante ilegalidade e assalto do património do Estado por indivíduos que nos deveriam proteger, e responsabilize os autores do Governo de Guebuza".
E a Renamo ainda criticou a polícia por ser a entidade que mais fomenta mortes nas ruas do que os criminosos comuns. "O regime da Frelimo instalou um clima de terror em que as pessoas não vivem com tranquilidade. Logo, não trabalham à vontade para desenvolver o país. Não falam à vontade porque têm medo. O regime tenta eliminar a oposição e está a retardar a democracia, o que conta com apoio da PGR, que não se cansa de dirigir mandatos de captura a todos os membros alistados pelos secretários e que tenham escapado aos sequestros", rematou.

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