RESSANO Garcia, a história fronteira de migração dos moçambicanos rumo à “terra do rand”, está a registar, desde o último final de semana, longas filas de viaturas e pessoas que entram no país por ocasião das festas do Natal (Família) e do Ano Novo.
As enchentes agravaram-se na madrugada de sábado, com longas filas de
automóveis formadas no sentido Komatiport/Ressano Garcia, província de Maputo.
Devido à situação houve quem perdesse a paciência e tentasse “furar o esquema
montado” de modo a sair da fronteira o mais rapidamente possível. Porém, valeu a
pronta intervenção dos agentes ali posicionados no contexto da “Operação
Karibu”.
O ambiente vivido no final de semana deixou claro que a maioria dos
viajantes, nomeadamente mineiros, comerciantes e turistas, continua a preferir
usar Ressano Garcia e sujeitar-se aos embaraços próprios dos locais em que há
uma aglomeração anormal de pessoas.
Para evitar enchentes e morosidade no atendimento, as autoridades têm estado
a sensibilizar os cidadãos para que usem outras fronteiras existentes na
província de Maputo, nomeadamente Namaacha, Goba e Ponta do Ouro. Porém, tudo
indica que o apelo ainda não foi devidamente acatado.
Rogério Machava, chefe da Delegação Aduaneira de Ressano Garcia, disse, a
propósito, que a maioria dos viajantes prefere usar aquele posto fronteiriço e
enfrentar os embaraços inevitáveis em períodos de muita movimentação de pessoas
e bens. Sempre foi assim.
Porém, assegurou que tudo está a ser feito para que as pessoas e mercadorias
levem pouco tempo possível naquele posto.
“Estamos preparados para trabalhar até porque, neste período, a importação de
produtos baixa, pois muitas fábricas sul-africanas encerram as portas por
ocasião das festas do Natal e do Ano Novo”, sublinhou Machava.
Neste contexto, diminui, de igual modo, o risco de fuga ao fisco
habitualmente engendrado pelos pequenos importadores.
Na ocasião, apelou aos agentes ali posicionados no contexto da “Operação
Karibu” para darem o seu máximo para que as pessoas passem com celeridade.
“O que pedimos é que as pessoas nos ajudem, declarando e pagando os direitos
inerentes aos seus bens, se for o caso. Isso acaba sendo benéfico para os
próprios viajantes, pois evita-se fiscalizar bagagens de modo a saber o que os
viajantes levam”, disse aquele gestor.
Desta vez, e para prestar primeiros socorros aos utentes da fronteira, foi
mobilizada uma equipa de agentes da Cruz Vermelha de Moçambique. É a primeira
vez que a referida equipa se junta aos agentes migratórios, alfandegários e
policiais posicionados na fronteira.
Falando ao “Notícias”, Lázaro Saraiva, chefe do posto migratório de Ressano
Garcia, afirmou que aumentou significativamente o número de utentes que entram
no país usando aquele posto. Mas a situação poderá agravar-se hoje, véspera do
Natal.
Assim sendo, alertou aos diferentes viajantes para apresentarem documentos
autênticos e evitarem contactos com os “mareanes”, jovens originários de Ressano
Garcia que ficam na fronteira para facilitar a migração clandestina.
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