Friday 16 October 2015

Presidente moçambicano considera inaceitável nível de pobreza no país


Maputo, 14 out (Lusa) - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, considerou hoje em Maputo "inaceitavelmente elevado" o nível de pobreza em Moçambique, apontando o crescimento inclusivo da economia como essencial para o combate às desigualdades sociais no país.
Nyusi realçou o combate à miséria como o principal desafio que Moçambique enfrenta, quando falava na Segunda Conferência Nórdico-Moçambicana sobre Crescimento Inclusivo em Moçambique, realizada hoje na capital moçambicana.
"Apesar de Moçambique estar a registar um nível de crescimento económico robusto e sustentado nos últimos anos, a taxa de pobreza continua inaceitavelmente elevado", frisou o chefe de Estado moçambicano.
Assinalando que o país está com 54,7% de pobreza e mais de 40% de desnutrição crónica, Filipe Nyusi disse serem necessárias abordagens multissectoriais para permitir que mais faixas da população beneficiem do desenvolvimento económico.
O alargamento dos serviços sociais básicos, nomeadamente educação, saúde, abastecimento de água e eletricidade são essenciais para a promoção da prosperidade, destacou Filipe Nyusi.
"Manter o crescimento acelerado da económica é necessário, mas é fundamental que esse crescimento seja promovido numa base mais ampla, para beneficiar a maioria da população", enfatizou Nyusi.
Por seu turno, a embaixadora da Finlândia, Seija Toro, falando em nome dos países nórdicos, declarou que a elevada desigualdade de oportunidades que ainda prevalece em muitos países é em si um obstáculo ao crescimento e desenvolvimento económico.
"Está demonstrado que sem uma partilha de oportunidades, não há crescimento inclusivo, é essencial a promoção da igualdade de oportunidades no acesso ao rendimento e serviços sociais de qualidade", frisou Toro.
Referindo-se à Finlândia e aos países nórdicos, no geral, a diplomata finlandesa realçou a promoção da igualdade de oportunidades como um instrumento para o crescimento inclusivo.
"O chamado modelo nórdico assentou na igualdade de oportunidades para toda a população, principalmente o direito à educação gratuita, desde o ensino primário até ao universitário, e a igualdade de género", declarou Seija Toro.

Lusa

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