Delegações do Governo e da Renamo poderão decidir hoje prorrogação da missão da EMOCHM
As delegações do Governo e da Renamo realizam hoje a 94.a ronda das negociações políticas para discutirem a prorrogação da missão da Equipa Militar de Observadores da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM), as questões militares e a despartidarização do aparelho de Estado.
Peritos militares do Governo e da Renamo, encarregues de... analisarem a possibilidade de prorrogação da missão internacional de observação do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, chegaram ao consenso de que a missão da EMOCHM deverá ser prorrogada.
Fontes militares deram a conhecer ao “Canalmoz” que os peritos concluíram, na semana passada, que é necessário prorrogar a missão, embora não tenham dado a conhecer se o novo prazo será igualmente de 135 dias.
A proposta dos peritos militares do Governo e da Renamo sobre a prorrogação da missão da EMOCHM deverá ser apresentada ao plenário das negociações do Centro de Conferências “Joaquim Chissano”, hoje, segunda-feira, 16 de Fevereiro, durante a 94.ª ronda, esperando-se que as partes aprovem.
No capítulo das questões militares, as partes saíram da ronda da semana passada sem nenhum consenso, apesar de terem manifestado, no final, que estavam satisfeitas.
A falta de consenso deveu-se ao facto de a Renamo, perante a insistência do Governo de querer a entrega de listas, ter vincado que isso apenas seria possível com a reintegração nos cargos de comando e chefia das FADM dos oficiais provenientes da guerrilha em 1992; da entrega do organigrama das FADM e da apresentação do modelo de integração e enquadramento dos homens da Renamo.
Sobre a despartidarização do aparelho de Estado, as partes apreciaram a proposta dos mediadores nacionais e disseram que houve consenso.
Apesar do alegado consenso, o documento viria a ser devolvido ao grupo de trabalho constituído pelo ministro da Justiça, Assuntos Religiosos e Constitucionais, Abdul Remane Lino de Almeida, por Eduardo Namburete, da Renamo, e pelo reverendo Anastácio Chembeze, da parte dos mediadores nacionais para a harmonização.
Contudo, o Governo apontou que, na ronda anterior, a Renamo apareceu com novos elementos para incorporar no documento.
“Dissemos à Renamo que foi pena não terem trazido antes, através do seu elemento que está no grupo restrito (Eduardo Namburete). Contudo deixámos ao critério do grupo para ir ver os mecanismos de incorporar estes novos elementos”, afirmou o chefe da delegação do Governo.
“Se não fossem esses elementos, hoje mesmo este ponto estaria fechado”, garantiu José Pacheco, que se mostrou esperançado de que nesta ronda as partes adoptem o documento.
(Bernardo Álvaro, Canalmoz)
Peritos militares do Governo e da Renamo, encarregues de... analisarem a possibilidade de prorrogação da missão internacional de observação do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, chegaram ao consenso de que a missão da EMOCHM deverá ser prorrogada.
Fontes militares deram a conhecer ao “Canalmoz” que os peritos concluíram, na semana passada, que é necessário prorrogar a missão, embora não tenham dado a conhecer se o novo prazo será igualmente de 135 dias.
A proposta dos peritos militares do Governo e da Renamo sobre a prorrogação da missão da EMOCHM deverá ser apresentada ao plenário das negociações do Centro de Conferências “Joaquim Chissano”, hoje, segunda-feira, 16 de Fevereiro, durante a 94.ª ronda, esperando-se que as partes aprovem.
No capítulo das questões militares, as partes saíram da ronda da semana passada sem nenhum consenso, apesar de terem manifestado, no final, que estavam satisfeitas.
A falta de consenso deveu-se ao facto de a Renamo, perante a insistência do Governo de querer a entrega de listas, ter vincado que isso apenas seria possível com a reintegração nos cargos de comando e chefia das FADM dos oficiais provenientes da guerrilha em 1992; da entrega do organigrama das FADM e da apresentação do modelo de integração e enquadramento dos homens da Renamo.
Sobre a despartidarização do aparelho de Estado, as partes apreciaram a proposta dos mediadores nacionais e disseram que houve consenso.
Apesar do alegado consenso, o documento viria a ser devolvido ao grupo de trabalho constituído pelo ministro da Justiça, Assuntos Religiosos e Constitucionais, Abdul Remane Lino de Almeida, por Eduardo Namburete, da Renamo, e pelo reverendo Anastácio Chembeze, da parte dos mediadores nacionais para a harmonização.
Contudo, o Governo apontou que, na ronda anterior, a Renamo apareceu com novos elementos para incorporar no documento.
“Dissemos à Renamo que foi pena não terem trazido antes, através do seu elemento que está no grupo restrito (Eduardo Namburete). Contudo deixámos ao critério do grupo para ir ver os mecanismos de incorporar estes novos elementos”, afirmou o chefe da delegação do Governo.
“Se não fossem esses elementos, hoje mesmo este ponto estaria fechado”, garantiu José Pacheco, que se mostrou esperançado de que nesta ronda as partes adoptem o documento.
(Bernardo Álvaro, Canalmoz)
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