Monday 13 May 2013

SEGUNDA RONDA DO DIÁLOGO ENTRE O GOVERNO E RENAMO SEM AVANÇOS

Maputo, 13 Mai (AIM) – A segunda ronda do diálogo entre o Governo e a Renamo, que teve lugar hoje, em Maputo, não produziu avanços significativos, tendo sido dominada por discussões a volta das questões prévias colocadas pelo maior partido de oposição ao Executivo na primeira ronda.
Sobre estas questões, a Renamo exigiu resposta por escrito.
José Pacheco, ministro da Agricultura, que chefia a delegação governamental neste diálogo, disse que o Governo foi hoje ao diálogo para responder as questões prévias colocadas pela Renamo, no dia 3 de Maio, verbalmente, mas esta manifestou o interesse de receber as respostas por escrito.
Na primeira ronda, a Renamo colocou ao Governo três questões prévias designadamente a libertação imediata e incondicional dos 15 membros seus detidos na Beira em conexão com os ataques de Muxungue, no dia 4 de Abril último, e a necessidade de o Governo retirar as Forças de Defesa e Segurança posicionadas na região de Gorongosa, onde se encontra o seu líder, Afonso Dhlakama.
“O diálogo foi caracterizado por um ambiente de harmonia e vontade de prosseguir com a discussão das questões de interesse nacional entre ambas as partes, mas que a Renamo exigiu as respostas às questões prévias por escrito como condição para o prosseguimento do diálogo”, explicou Pacheco.
Por seu turno, Saimone Macuiana, chefe da delegação da Renamo, disse que embora esta segunda ronda tenha decorrido num ambiente positivo, ainda não há avanços e o Governo comprometeu-se a dar as respostas às questões prévias por escrito em tempo útil para que o diálogo possa prosseguir.
No que toca a libertação dos detidos, já na primeira ronda, o Governo havia recomendado a Renamo para constituir um advogado que vai fazer o acompanhamento dos processos abertos contra estes, por se tratar de um assunto que esta sob alçada do sector Judiciário, no qual o Executivo não pode interferir.
Em relação aos pacificadores e observadores, o Governo solicitou a Renamo a apresentação dos termos de referência do âmbito de actuação destes para melhor perceber o papel destes tendo em conta que na óptica do Executivo existem condições para que o diálogo seja esgotado entre as partes.
Quanto a retirada das Forças de Defesa e Segurança das posições que ocupam, Pacheco havia dito que se trata de uma questão operativa, devendo ser tratada nesse âmbito e não noutro.
As partes não avançaram nenhuma data para a realização da próxima ronda, estando tudo dependente da apresentação das respostas do Governo às questões prévias da Renamo por escrito.


(AIM)

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