Wednesday 10 September 2014

Carlos Serra defende combate cerrados da caça de paquidermes em África


A caça desenfreada contra os elefantes e rinocerontes em Moçambique deve-se à negligência do Governo que se mostra impotente para delinear estratégias eficazes com vista a travar o mal e garantir a protecção destas espécies prestes a desaparecerem, segundo o ambientalista moçambicano Carlos Serra.
De acordo com ele, a caça furtiva para a extracção de pontas de marfim, chifres de rinocerontes e peles para o comércio clandestino, estão por detrás da chacina desencadeada contra tais animais. E em África pelo menos um elefante é abatido a cada 15 minuto e um rinoceronte morre a cada 09 ou 11horas.
“Por pura negligência, Moçambique já perdeu todos os seus rinocerontes e o elefante pode ser o próximo a extinguir caso o Governo continue indiferente e não reforce os recursos humanos para estancar a caça furtiva”, disse Serra.
Ele considerou ser necessário que todas as autoridades governamentais africanas incrementem a segurança, o número de guardas e fiscais florestais e assegurem que este pessoal disponha de técnicas avançadas para abortar qualquer tentativa de abate ilegal de paquidermes. Se a situação continuar, em menos de 10 anos o elefante pode desaparecer.
Contudo, como forma de pressionar os Estados a agir contra o mal a que Serra se refere, em todo o mundo será realizada uma marcha a 04 de Outubro próximo.
Serra defende que há necessidade de inclusão de matérias sobre a conservação ambiental no currículo escolar moçambicano, implementação e aplicação de leis severas contra os caçadores furtivos, maior controle nas zonas de protecção.
Refira-se que recentemente, seis cidadãos foram detidos e acusados de prática de caça ilegal de elefantes na Reserva Nacional do Niassa, no norte de Moçambique.
Na posse dos detidos, que terão morto 39 elefantes este ano, foram encontradas 12 pontas de marfins e duas espingardas. Esta importante detenção feita pelas autoridades policiais no distrito de Mecula resultam de mais de 10 meses de investigação conjunta envolvendo também fiscais da Reserva e de uma empresa de Safaris que opera na região a Luwire.
 

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