Depois destas eleições, com certeza que a América não mais será a mesma.
Obama, tornou-se numa das figuras mais importantes na actualidade mundial. Na verdade, basta que o assunto seja americano para atrair a atenção do mundo inteiro. Obama conseguiu tal feito por ser um dos favoritos candidatos à Casa Branca.
O facto é interessante na medida em que pela primeira vez, concorrem de forma renhida, à Presidência dos Estados Unidos da América, um homem negro e uma mulher branca. Embora tenha havido em tempos candidatos com mesmo perfil, pela primeira vez, esses candidatos estão próximos do poder.
O facto é também, para além de interessante, muito curioso. Trata-se de um homem negro descendente de emigrante queniano e de uma mulher que já conhece a Casa Branca, pois é esposa do antigo Presidente norte americano Bill Clinton.
Na hipótese de Hilary Clinton vir a ganhar as eleições, Clinton o marido volta a casa Branca, desta vez para acompanhar a esposa.
Faz me pensar neste texto a hipótese de Obama ser um candidato branco. Acredito que Clinton a esposa já teria desistido da corrida, na medida em que o jovem consegue através de maioria esmagadora estar na frente da sua concorrente.
Um Obama branco já teria consolidado a sua vitória e neste momento teríamos como candidato seguro e provável habitante da Casa Branca o jovem Senador Obama.
Faz me pensar assim porque a questão racial ainda é dominante na mente de muitas pessoas no mundo. Dada a vergonha que a questão carrega consigo, quase ninguém gosta de aborda-la, mas ela está lá e muitas decisões são tomadas considerando esse aspecto.
Por outro lado, se tivéssemos uma Hilary homem, eventualmente o jovem senador estivesse impedido de correr, porque para além de ser muito mais velha, a esposa de Clinton tem a vantagem de conhecer a Casa Branca e ter nela vivido longas e duras experiências.
A verdade porém é que temos uma Casa Branca concorrida por um jovem negro e uma mulher branca.
A mulher é símbolo de fraqueza, o machismo das sociedades não permite que uma mulher venha a governar um Estado. As poucas experiências que conhecemos e até mesmo aqui em África, resultam de uma luta e uma grande insistência das mulheres sobre a mentalidade machista.
A questão é que se a Clinton vence as eleições torna-se na primeira mulher a governar os Estados Unidos e uma das personalidades mais importantes do mundo. Uma boa parte das decisões do mundo ou com repercussões no mundo inteiro, passariam a ser tomadas por uma mulher.
Temos que reconhecer que as sociedades ainda estão a construir o seu caminho no combate contra o preconceito e a discriminação contra a mulher.
Hoje, a Clinton é julgada como não tendo força suficiente para suportar a Casa Branca, a ponto de poder possibilidade de chegar no mínimo onde Obama chegou. Em África ainda nos debatemos com a origem étnica do candidato, mesmo antes de ver o seu manifesto.
Outra lição que fica ao mundo é a capacidade do Estado poder criar candidatos muito fortes como Obama e Hilary para concorrerem a mais alta função do Estado isso em todas as pessoas mesmo que elas sejam descendente directas de africanos e ter algumas influencias muçulmanas.
Mais do que um jovem negro e uma mulher branca a tudo fazerem para a Casa Branca, ilustra-se ao mundo um futuro diferente para os Estados Unidos e para o mundo depois das próximas eleições. Depois destas eleições, com certeza que a América não mais será a mesma.
(Custódio Duma, em “ O Autarca “, de 30-04-08, retirado com a devida vénia)
NOTA: A opinião do Custódio Duma é válida mas também se pode especular que se Obama fosse branco e Clinton fosse mulher talvez já não estivessem na corrida, é que ambos os candidatos não me convencem.
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