Saturday 13 August 2016

DIÁLOGO PARA A PAZ NO PAÍS: MEDIADORES VÃO À GORONGOSA

OS mediadores do diálogo para a paz deverão seguir, nos próximos dias, para Gorongosa, em Sofala, para se encontrar com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, no âmbito da discussão do ponto sobre a cessação de hostilidades, iniciada ontem em sede da comissão mista.
A comissão mista vai ainda encarregar-se de estudar os mecanismos necessários para que a deslocação dos mediadores à Gorongosa decorra com segurança e tranquilidade. Dados em poder do Notícias indicam que o Governo predispôs-se a criar um corredor de segurança para que os mediadores possam chegar livremente ao local onde se supõe esteja o líder da Renamo, podendo estes, querendo, fazer-se acompanhar de jornalistas.
Falando à comunicação social na qualidade de porta-voz da sessão de ontem da comissão mista, o deputado José Manteigas, chefe da delegação da Renamo, disse não haver ainda uma abordagem substancial do ponto sobre a cessação de hostilidades, o segundo da agenda acordada pelas partes.
A comissão concluiu, ainda ontem, a discussão do ponto sobre a exigência da Renamo de governar as seis províncias onde alega ter ganho nas eleições gerais de 2014, que constituía o primeiro ponto da agenda, tendo assumido a tarefa de elaborar uma proposta que verse sobre descentralização e que deverá ser submetida à apreciação da Assembleia da República, segundo deu a conhecer José Manteigas.
As decisões saídas da sessão foram tomadas depois que os mediadores e as delegações do Governo e da Renamo na comissão mista partilharam os posicionamentos e fundamentos de cada uma das partes relativamente à governação das seis províncias.
O próximo encontro da comissão mista deverá ter lugar na segunda-feira, altura em que será discutido o documento contendo as propostas vertidas nas duas decisões saídas da sessão de ontem.



Notícias

1 comment:

Pedro said...

Pedro
Em relação a Descentralização Os Governadores deveriam ser eleitos por sufrágio Universal, um cidadão um voto. O País devia deixar de ter Administradores de Distrito. Todos os Distritos deviam ser elevados a categoria de Autarquias de forma imediata e não de forma gradual. Isto para se respeitar o direito a igualdade de oportunidades à todos os cidadãos.