Thursday 25 August 2016

Ainda não há data para suspensão das hostilidades


O GOVERNO e a Renamo concordaram ontem em suspender as hostilidades militares para permitir a entrada dos mediadores ou facilitadores internacionais na serra da Gorongosa, na província de Sofala, para se encontrarem com Afonso Dhlakama. Porém, não foi avançada qualquer data para que as armas parem de troar.
Num comunicado lido pelo chefe dos mediadores, Mario Raffaelli, no final de mais uma sessão de trabalhos da comissão mista, que durou cerca de sete horas, também não foram avançadas a data nem as modalidades sobre as quais se deslocará a equipa de mediação à Gorongosa.
Segundo Raffaelli, o Governo concorda com a proposta dos mediadores sobre a suspensão imediata de todas as hostilidades e de todas as formas de violência em todo o território nacional e considera que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) cumprem uma missão de Estado constitucionalmente consagrada.
Segundo o Executivo, representado na comissão mista pela delegação indicada pelo Presidente da República, as Forças de Defesa e Segurança nas posições que actualmente ocupam em todo o país estão em missão de protecção das populações, dos seus bens e para permitir a livre circulação dos moçambicanos num clima de paz, harmonia e segurança.
Considera que é a suspensão das hostilidades que garante a segurança do corredor a estabelecer para o movimento dos mediadores internacionais. Por seu turno, a Renamo também concorda que os mediadores ou facilitadores internacionais “visitem” o seu líder, aceitando para o efeito a observação duma trégua temporária junto à serra da Gorongosa, desde que o Governo retire as forças ali estacionadas, devido ao iminente perigo e insegurança que aquelas posições representam, segundo refere o comunicado.
Os mediadores entregaram às duas delegações uma proposta sobre a suspensão das hostilidades e colocaram à mesa do diálogo uma questão prévia sobre a necessidade de terem um contacto directo com o líder da Renamo. A decisão sobre a materialização do desejo manifestado pelas partes em sede do diálogo só poderá sair do encontro entre o Presidente da República e o líder da Renamo.
As sessões da comissão mista ficam interrompidas, por acordo entre as duas delegações e os mediadores, devendo ser retomadas no dia 12 de Setembro.




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