Monday 5 March 2012

“Irina” não entra na parte continental

O CICLONE Tropical Irina, localizado ontem a sensivelmente 100 quilómetros da costa do Maputo, não irá entrar no continente, em razão do seu deslocamento para sul e interacção com uma frente fria.

Maputo, Segunda-Feira, 5 de Março de 2012:: Notícias


Em resultado desse facto, o sistema reduziu a intensidade dos ventos que atingiam ontem 75 quilómetros por hora. No sábado, o ciclone foi responsável por danos causados em infra-estruturas, principalmente sobre as casas de construção precária e cajueiros ao longo da costa de Chidenguele e distritos vizinhos.
De acordo com informações que nos foram facultadas por Sérgio Buque, do Instituto Nacional de Meteorologia, às 14.00 horas de sábado o sistema ciclónico situou-se a 75 quilómetros da costa de Chidenguele, onde os ventos chegaram a atingir 100 a 120 quilómetros por hora.
Entretanto, os seus efeitos fizeram-se sentir numa larga área incluindo na província do Maputo e Massinga, em Inhambane. As autoridades em Maputo, Gaza e Inhambane continuam a avaliar os efeitos associados ao “Irina”.
Entre Bilene e Xai-Xai os ventos chegaram a atingir entre 70 e 90 quilómetros por hora; em Maputo 60 quilómetros por hora; Massinga, em Inhambane, (entre 60 e 80 quilómetros).
A maior quantidade de precipitação (entre 150 e 200 milímetros, em 24 horas) caiu sobre o mar, na costa de Gaza. A precipitação esteve entre 20 e 70 milímetros. Em Xai-Xai foi medida a precipitação de 49 milímetros e no Maputo 27,5 milímetros.
No entanto, os efeitos do “Irina” prevalecem com a ocorrência de chuvas em regime moderado a forte (30 a 50 milímetros) até hoje nas províncias de Maputo e Gaza.
As autoridades continuam em prontidão e alertam a população para manter as medidas de precaução até a dissipação completa do ciclone.
Durante o período crítico, no sábado, as autoridades estiveram no terreno a auxiliar a população sobre as medidas a tomar. Na Estrada Nacional Número Um, o tráfego de viaturas chegou a ser interrompido, momentaneamente, devido à fraca visibilidade, retomando-se depois quando melhorou.
Em Inhambane, a passagem do “Irina” resumiu-se em ventos fortes que paralisaram a circulação de pequenas embarcações de passageiros e carga na baía de Inhambane, na sexta-feira e sábado. Desde a última quarta-feira até sábado as duas embarcações da Transmarítima de Inhambane não circulavam à noite, por razões de segurança.
Segundo a delegada do INGC em Inhambane, Bearina Trapece, a província não registou danos humanos. No distrito da Massinga reporta-se a destruição parcial do tecto de uma unidade sanitária local.

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