Tuesday 9 April 2013

Estrada Nacional Número Um: Condicionada circulação no troço Muxúnguè-Save

ESTÁ condicionada a circulação de pessoas e bens ao longo da Estrada Nacional Número Um (N1), que liga o país do Rovuma ao Maputo, sobretudo na calada da noite, concretamente no eixo Muxúnguè-Save com a corporação policial a escoltar viaturas com carros de assalto para garantir a segurança dos viajantes.
A medida surge depois do ataque protagonizado um pouco depois das 17.00 horas de sábado por cerca de 20 homens armados trajados de uniforme militar de cor verde e boina preta contra um autocarro de passageiros e dois camiões que transportavam combustível e material de construção civil, resultando na morte de três pessoas e dois feridos incluindo saque dos bens das vítimas. Aquele uniforme é o mesmo que trajavam os homens que atacaram o posto policial e os civis na zona de Muxúnguè.
Tal episódio aconteceu concretamente na zona de Zove que dista a aproximadamente 20 quilómetros da vila de Muxúnguè em direcção à Vila Franca do Save, sendo que o autocarro atingido por 13 balas e um dos dois camiões circulavam no sentido Maputo/Beira e outro meio circulante faziam o trajecto Zambézia/Maputo.
Com efeito, a PRM reforçou seu efectivo e material bélico, numa medida cujo término ainda é imprevisível, conforme afiançou-nos o director da Ordem daquela corporação policial em Sofala, Aquilace Kapangula, que dirige a operação a partir de Muxúnguè.
Trata-se de uma enorme fila de veículos-automóveis posicionados em ambos os sentidos cujos ocupantes vivem uma situação bastante dramática pelo facto da vila de Muxúnguè ainda se encontrar com o comércio encerrado desde a passada quarta-feira que coincidiu com o feriado de 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana, que por ser domingo a tolerância passou para ontem, segunda-feira.
O facto surge depois de a Polícia ter dispersado naquele dia cerca de 200 homens da Renamo concentrados na sua sede em suposto treino militar e seguido na quinta-feira de ataque daqueles antigos guerrilheiros contra uma posição policial que provocou cinco mortes e 13 feridos.
Por conseguinte, o cruzamento de Inchope entre as Estradas Nacionais Números Um e Seis, esta última que liga a cidade portuária da Beira à vila fronteiriça de Machipanda com o vizinho Zimbabwe, virou um local ideal para o pré-posicionamento de pessoas e bens.
Aliás, cenário semelhante da concentração de viajantes e viaturas se vive nas vilas da Gorongosa e Caia, em Sofala, onde o medo e a insegurança voltaram a instalar-se no seio da sociedade, passados que foram mais de 20 anos de uma paz efectiva no país.
Ontem, entretanto, a vila de Muxúnguè manteve-se relativamente calma com os habitantes a ensaiarem as primeiras vendas informais de galinhas e castanha aos viajantes, enquanto o Hospital Rural local funcionava em pleno, segundo David Guitimela, director de Saúde, Mulher e Acção Social em Chibabava.
Tudo isto, para o comandante da PRM, em Sofala, Joaquim Nido, representa uma perturbação da ordem, sendo que o Ministério do Interior está reforçar a segurança principalmente na sua área de jurisdição.

Horácio João, Notícias

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