Thursday 11 April 2013

É preciso que a exploração de recursos naturais beneficie o povo

De acordo com Luísa Diogo.


A antiga primeira-ministra, Luísa Diogo, defendeu, em Lisboa, que Moçambique deve estar “muito atento” para assegurar que os grandes projectos de exploração de recursos naturais no país beneficiam as populações.
“O primeiro desafio é da própria organização legislativa para a melhor utilização dos recursos naturais em benefício do próprio povo. Todo o sistema de governação económica e de política económica tem que estar muito atento para que os moçambicanos tenham benefícios cada vez maiores”, disse Luísa Diogo os jornalistas.
A antiga primeira-ministra de Moçambique, que falava aos jornalistas em Lisboa, à margem da conferência “Desenvolvimento Económico em África”, promovida pela Nova School of Business and Economics, da Universidade Nova de Lisboa, reclamou maior ambição na responsabilidade corporativa social das multinacionais envolvidas na exploração de carvão e gás natural no nosso país.
“Tem de ir mais além de fazer uma salinha de aulas ou um pocinho de água para a população. Deve ir ao ponto de criar pequenas e médias iniciativas”, disse.
Para Luísa Diogo, escreve a RTP, “a grande ambição dos moçambicanos é que estes projectos tragam mais benefícios”, por isso, defende especial atenção ao tipo de parcerias a estabelecer, sublinhando a importância de definir se a logística dos projectos “fica nas mãos dos moçambicanos ou das multinacionais”.
Durante a sua intervenção na conferência, e falando dos países africanos lusófonos, a ex-governante lembrou que África “tem recursos minerais escandalosos”, alertando para os riscos de os africanos ficarem afastados da sua exploração.


 O País

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