Nenhum governo pode ser respeitado quando não toma medidas perante a evidência de actos tão graves de corrupção, pela forma escandalosa e fraudulenta como foi vendida a TEXMOQUE, em que os envolvidos – a IGEPE e não só - burlaram o Estado, segundo clarifica o Tribunal Administrativo, no seu Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2006. A teia da cumplicidade é tão grande que este problema morrerá de morte natural. Ninguém será admoestado nem julgado.
O governo precisa de um primeiro-ministro dedicado à causa do povo, que saiba ajudar o Presidente da República resolver os problemas com que o País se debate. Embora a Constituição não atribua grandes poderes ao primeiro-ministro, porém, para quem ocupa tal posto, deveria estar dotado de capacidade de liderança de modo a coordenar o Governo.
Nos momentos cruciais, como foi o caso das manifestações populares de 5 de Fevereiro passado, semelhante à destituição do governo, a Primeira-ministra não deu mostras de nada. Confinou-se em quatro paredes. A culpa não tem que residir, apenas, no exonerado ministro dos Transportes e Comunicações, pela manifesta incapacidade de organizar o sector que dirigia. A culpa deveria ser partilhada por Diogo, que pouco ou nada faz para inverter o desempenho do Governo.
A remodelação governamental peca por ser tardia e ter deixado de fora os que deveriam sair, nomeadamente, Luísa Diogo e o ministro do Interior, José Pacheco, o comissário político. Não se sabe de que se ocupa Diogo na Zambézia, para onde se tem deslocado com frequência. Pacheco está, sempre, nas províncias de Sofala e Manica, mobilizando o povo para o seu partido, gastando fundos públicos, ao invés de trabalhar para o Ministério.
Se a inoperância do Executivo não for afastada, assistiremos, ainda, a manifestações mais violentas, nos próximos tempos. Enquanto os puxasacos continuarem a cantar que o estado da nação é bom, o governo será surpreendido. O País desfez-se da indústria, alegando pressão das instituições financeiras internacionais. Tem uma agricultura deficitária, inaceitável para quem diz ter a agricultura como base do desenvolvimento.
Agora, tudo começa e termina no umbigo de quem decide, o povo fica entregue à sua sorte. Nenhum governo, mesmo dos países eminentemente antidemocráticos, existe, só, para campanhas eleitorais, organizar eleições e vencê-las, de forma retumbante. Um governo tem razão de ser quando serve o povo. Se se furtar desta tarefa pelas mudanças na vida do povo, não merece simpatia dos governados.
Até aqui vemos a Primeira-ministra exibicionista, que só sabe insultar, sem agravo, os deputados da Renamo- União Eleitoral. O povo deu um forte sinal de cansaço de ser governado por madereiros e negociantes. Precisa-se um primeiro-ministro dedicado às causas nobres do povo e não o que induza o Presidente da República a nomear seus familiares para altos cargos públicos!
( O autor deste artigo é Edwin Hounnou, retirado, com a devida vénia, do “ A TribunaFax “ de 24/03/08)
O governo precisa de um primeiro-ministro dedicado à causa do povo, que saiba ajudar o Presidente da República resolver os problemas com que o País se debate. Embora a Constituição não atribua grandes poderes ao primeiro-ministro, porém, para quem ocupa tal posto, deveria estar dotado de capacidade de liderança de modo a coordenar o Governo.
Nos momentos cruciais, como foi o caso das manifestações populares de 5 de Fevereiro passado, semelhante à destituição do governo, a Primeira-ministra não deu mostras de nada. Confinou-se em quatro paredes. A culpa não tem que residir, apenas, no exonerado ministro dos Transportes e Comunicações, pela manifesta incapacidade de organizar o sector que dirigia. A culpa deveria ser partilhada por Diogo, que pouco ou nada faz para inverter o desempenho do Governo.
A remodelação governamental peca por ser tardia e ter deixado de fora os que deveriam sair, nomeadamente, Luísa Diogo e o ministro do Interior, José Pacheco, o comissário político. Não se sabe de que se ocupa Diogo na Zambézia, para onde se tem deslocado com frequência. Pacheco está, sempre, nas províncias de Sofala e Manica, mobilizando o povo para o seu partido, gastando fundos públicos, ao invés de trabalhar para o Ministério.
Se a inoperância do Executivo não for afastada, assistiremos, ainda, a manifestações mais violentas, nos próximos tempos. Enquanto os puxasacos continuarem a cantar que o estado da nação é bom, o governo será surpreendido. O País desfez-se da indústria, alegando pressão das instituições financeiras internacionais. Tem uma agricultura deficitária, inaceitável para quem diz ter a agricultura como base do desenvolvimento.
Agora, tudo começa e termina no umbigo de quem decide, o povo fica entregue à sua sorte. Nenhum governo, mesmo dos países eminentemente antidemocráticos, existe, só, para campanhas eleitorais, organizar eleições e vencê-las, de forma retumbante. Um governo tem razão de ser quando serve o povo. Se se furtar desta tarefa pelas mudanças na vida do povo, não merece simpatia dos governados.
Até aqui vemos a Primeira-ministra exibicionista, que só sabe insultar, sem agravo, os deputados da Renamo- União Eleitoral. O povo deu um forte sinal de cansaço de ser governado por madereiros e negociantes. Precisa-se um primeiro-ministro dedicado às causas nobres do povo e não o que induza o Presidente da República a nomear seus familiares para altos cargos públicos!
( O autor deste artigo é Edwin Hounnou, retirado, com a devida vénia, do “ A TribunaFax “ de 24/03/08)
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