Na guerra clássica, a luta pela posse de um território ou objecto estratégico, os comandantes designam os melhores soldados, atribuindo-lhes armas especiais, munidas de visor de longo alcance, destinadas a abater alvos seleccionados — membros do alto comando de exércitos inimigos, incendiar tanques de reservas de combustíveis ou munições. Abatendo tais alvos, deixa as tropas confundidas e neutralizadas. As forças ficam expostas às investidas inimigas.
As pretensas denúncias publicadas no SAVANA. de 21 de Março de 2008, com o título INSS: um saco azul, sobre o alegado uso indevido dos fundos do Instituto Nacional da Segurança Social, reflectem a intenção dos seus autores de atingir alvos que, noutras circunstâncias, não podem atingir nem provocar escoriações. Querem confundir a opinião pública e cortar a iniciativa da ministra do Trabalho, cuja acção ameaça os acomodados, que comiam a vida com uma colher grande.
Uma análise atenta ao arrolamento, feito às pressas, é fácil notar repetições de viagens e de atribuição, chegam a mencionar mais três vezes, do que chamam de despesas de representação. Deixa exposta a terceira intenção dos seus denunciantes. Se a denúncia fosse para corrigir o que anda mal, teriam tido o cuidado de elaborar bem o arrolamento que pretendiam transmitir ao público e não levantar uma cortina de poeira.
Para nos certificarmos da notícia, deslocámo-nos aos serviços da Migração e Aeroporto de Mavalane, onde verificámos que as viagens, tanto para Angola como para Suiça e França, foram extrapoladas. Para os dois arrolamentos, há repetições em 16/10, 8/1, 10/3 e 13/7. Há mais casos que poderiam ser citados. Gostaríamos de perceber o que este fenómeno, de facto, encerra. A relação das despesas de representação não diz quando isso aconteceu, o que deixa transparecer o que se pretende – transmitir uma imagem negativa da ministra.
Nós esperamos pela melhor denúncia para acreditar no conteúdo da sua mensagem. Uma denúncia consistente teria que mencionar a ordem de requisição, entrega dos fundos e a data.
Como faltam elementos essenciais que corporizam uma denúncia, a noticia não e digna de crédito. É um acto de má-fé. Helena Taipo é objecto de simpatia popular, devido à sua coragem e medidas de grande impacto social, que tem vindo a tomar para reestruturar a inspecção do Trabalho e o INSS.
Os detractores de Helena Taipo insatisfeitos pelo aperto do cerco, juntam-se aos seus “sócios” com quem sugam o INSS, queixam-se de excessiva interferência da ministra, na gestão da instituição. Porém, quando as coisas correm as mil maravilhas, são eles que anunciam os louros. Agora, que as torneiras estão a secar, falam de interferências. Os denunciantes esqueceram-se de anunciar que meteram empresas de seus amigos, no INSS, para sugarem, sem obedecer a concurso público, como manda a lei.
Nas investigações que fizemos, notámos mão estranha nas denúncias publicadas no SAVANA, visando denegrir, de forma dolosa, a ministra do Trabalho, devido ao seu empenho.
( Edwin Hounnou, em “ A TribunaFax “, 31 – 03 – 08 )
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