Friday 14 April 2017

MDM apela a uma acção popular contra o pagamento das dívidas ocultas


MDM diz que aceitar dívidas é equivalente a aceitar o assassinato e genocídio do povo moçambicano

A bancada parlamentar do MDM apelou, ontem, a uma acção popular, à escala nacional, em termos de manifestação contra o pagamento das chamadas dívidas ocultas por parte do Estado.
Depois de ouvir o Governo, através do primeiro-ministro, reiterar que irá assumir o pagamento das dívidas avalizadas pelo Estado para o financiamento da Ematum, MAM e ProIndicus, o MDM, através do deputado Venâncio Mondlane, manifestou indignação e deixou um apelo.
“O MDM faz um apelo, a partir desta magna casa, a todos os partidos da oposição, sociedade civil, às mamanas dos mercados, aos jovens, pés descalços deste país, que não aceitemos estas dívidas. Aceitar estas dívidas é o equivalente a aceitar o assassinato, o genocídio do povo deste país”, disse Venâncio Mondlane, durante a sua intervenção.
De acordo com aquele parlamentar, é preciso que seja convocada uma acção popular contra a soberanizarão das chamadas dívidas ocultas. “Temos que marcar um dia internacional de indignação contra este governo, contra este regime, e dizer que basta de abuso do povo”, disse, com um tom bastante cáustico. “Temos que ir às ruas, temos que marchar, para não aceitar estas dívidas”, porque “são dívidas ilegais e de gangsterismo”, acrescentou Mondlane.
Durante o discurso na sessão que apreciou a Conta Geral do Estado referente a 2015, Carlos Agostinho do Rosário disse, de forma peremptória, que a parte das dívidas que tiver sido aplicada para o bem do interesse nacional será paga pelo erário público.
Este anúncio gerou indignação dos deputados da oposição, os quais esperavam que uma eventual decisão neste sentido tivesse de esperar pela conclusão do relatório de auditoria internacional em curso, sob direcção da empresa Kroll.
Refira-se que a inscrição das dívidas ocultas na Conta Geral do Estado de 2015 foi um dos principais aspectos criticados pela oposição, durante o debate desta semana.


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