Friday, 29 November 2013

Um boato chamado Governo de Guebuza!

Maputo (Canalmoz) – Quando Armando Guebuza chegou ao poder em 2005, há um fenómeno muito estranho que começou a ter lugar a olhos vistos. É que todos os filhos mais preguiçosos e incompetentes que o País foi criando nestes todos anos de independência, salvo raras e honrosas excepções, começaram a merecer um tratamento especial. Tenho dificuldades de dizer com exactidão se foi por selecção via pauta classificativa de incompetência e preguiça, ou por mera coincidência de indicação. Mas o facto é que, Guebuza salvou muitos os preguiçosos e incompetentes dos seus merecidos destinos. Bem-haja Guebuza para estes. Isto é uma assinalável obra que a ciência mais tarde deveria se encarregar de estudar as suas motivações.
Chamo a ciência à colação porque quando se aposta em incompetentes e preguiçosos, se propõe a desafiar uma das mais elementares normas da existência humana: a selecção natural. Charles Darwin já havia teorizado na sua “selecção natural” aquilo que viria a ser a convivência humana sob o escopo da competitividade e de aptidão. Mais tarde esta teoria viria a ser secundada por Thomas Malthus. É muito simples. É que segundo Darwin, na convivência das espécies e dada a disparidade da dose de aptidão em cada uma delas, as mais aptas devem por ordem natural singrar em relação às fracas ou às espécies menos aptas. A isto Darwin chamou de selecção natural. Os aptos devem, por ordem natural, singrar.
Mas cá entre nós, por alguma razão, a teoria proposta por Charles Darwin tem sido executada em sentido contrário. Ou seja: os mais fracos, os inaptos, os incompetentes preguiçosos e outros de qualidades equiparadas, são os que tendem a pontificar e singrar para o desespero da justiça entre os homens.
Os acontecimentos dos últimos dias, mostram claramente que há algo de muito grave que se está a passar no Governo. Ninguém está a governar e ninguém tem a mínima vontade de governar. Estão a acontecer coisas graves no nosso País e quando se espera que o Governo traga resposta ou manifeste alguma preocupação, eis que somos brindados com um número teatral da mais refinada irresponsabilidade.
Mas isso tem a sua explicação: é a incompetência e a preguiça de que falei antes, que está a reivindicar o seu estatuto público. O Governo decidiu por concertação aumentar mais um vocábulo aos seus chavões. O boato. A par do combate a pobreza, a palavra boato passou a fazer parte, do vocabulário político da nossa governação. Tal como o combate a pobreza repetidamente anunciado para responder qualquer questão, o boato também passou a ser evocado para responder a qualquer crise. O boato funciona como pré solução, se não mesmo solução definitiva de muitos problemas. Quando o Governo é confrontado com qualquer crise a saída é única: chamar jornalistas e informar que é “boato”. Esta afirmação é feita como primeira acção da “resolução” da crise. É um modelo de governação. A investigação ou apuramento funciona como acessório. O importante é avançar o boato e ficar a gerir a incompetência. E se a crise resultar em mortes por excessiva actuação policial, a responsabilidade é transferida para os cidadãos e logo baptizados como boateiros.
Se estamos bem recordados, muito recentemente, um grupo de delinquentes (G20) semeou terror nos subúrbios de Maputo e Matola, quando à busca da satisfação com que alimentavam a sua delinquência, passavam a ferro de engomar as pessoas à calada da noite. Quando quisessem, roubavam bens e violavam sexualmente toda a família desde o marido até aos filhos. Numa clara incapacidade criada pela incompetência de que me referi, o Governo simplesmente veio a público dizer que “é boato”. Não investigou, nem se preocupou em fazer patrulhas nocturnas junto dos populares. Simplesmente e de forma irresponsável, ignorou os factos porque era mais fácil dizer que era boato. Lembro-me que no período áureo do famigerado “G 20” um colega nosso aqui na redacção mandou a esposa e filhos para casa dos pais, após seu vizinho (a esposa e filhos) terem sido violados sexualmente e engomados no bairro do T3. No dia seguinte, o nosso colega quase que dormia na redacção com medo de que lhe acontecesse algo similar ao que acontecera ao vizinho. Era para o Governo um boato. A população saiu a rua e à sua maneira colocou a sua “ordem”. Inocentes perderam a vida confundidos com malfeitores. Mas para o Governo era tudo boato.
Depois seguiu-se a vaga de raptos e em tempo oportuno o Governo foi alertado que havia um sindicato que estava a raptar mais de duas pessoas por dia nas cidades de Maputo e Matola. Empresários começaram a abandonar o País. O Governo chamou pela preguiça e incompetência e apelidou de agitação e boato. Dias depois e já quando o sindicato começou a agir sem reservas, tendo subido o número de raptos por dia, o Governo apercebeu-se que afinal não era boato e que as pessoas estavam mesmo a serem raptadas. Mas antes, era tudo boato.
Hoje é o recrutamento compulsivo de jovens iniciado no dia 25 de Novembro na cidade da Beira, para entrarem nas fileiras das FADM e consequentemente, na guerra que irresponsavelmente Armando Guebuza está a mover contra a Renamo. As pessoas viram seus familiares e amigos sendo recrutados nas ruas. Os jovens enfurecidos saíram a rua e à sua maneira “defenderam” a liberdade. Há mortos e tantos outros feridos. O Governo diz que é boato. Até dá conferências de imprensa para institucionalizar a sociologia governamental do boato.
Esta quinta-feira foram disponibilizados vídeos que provam que há de facto recrutamento compulsivo para o exército, e do nada mudou-se o discurso. “Vamos investigar”. O que se pretende afinal investigar, se tudo não passa de boato? Quem no Governo tem uma pós graduação em “boato”?
Portanto, a sociologia governamental do boato, não é nada mais nada menos que um corolário de excesso de incompetência e preguiça que pontifica neste Governo. O País não pode continuar a acarinhar os filhos mais incompetentes, os mais preguiçosos e inaptos, muito menos coloca-los a governar uma nação. Isso tem consequências fatais.
Hoje o Governo anda desavergonhado tentando explicar o escândalo dos barcos de 300 milhões de euros, cujos contornos repousam na almofada do crime organizado em que o regime se tornou. Se a imprensa internacional não desmascarasse o negócio, certamente que seria também um boato. Ficamos com a impressão de que este Governo nada mais faz, se não criar boatos que são verdades. Portanto, em últma análise, boato é este Governo. Em nenhum País civilizado há um Governo que destila tamanha irresponsabilidade quanto o moçambicano. Este Governo, como se diz na gíria popular, “não existe”. É mesmo um boato. Um boato que nos está a sair muito caro. É da mais elementar urgência desfazermo-nos deste boato que se chama Governo.




(Matias Guente, Canlmoz)

4 comments:

Anonymous said...

Quando as mentes são fracas, vira nisso...
Ele (sua Exia.) deixou-se aconselhar por miúdos dos seus 40 anos, os ditos doutores de óculos, os de "copy & past". onde e que se viu isso? um Neto/Pai aconselhar um Avo?!.... hein?!!!.... Prometeram-lhe que as FADM/FIR iriam aniquilar por via das armas os guerrilheiros da Renamo. O tiro saiu pela culatra. Já não tem soldados suficiente para essa guerra não declarada. Há muito que os jovens mancebos descobriram que estavam sendo instrumentalizados para ir a uma guerra que só beneficia os oficiais do exercito que estão nos gabinetes descontentes. Aqueles que enganaram Sua Exia. a aceitar usar armas em vez do dialogo.

Anonymous said...

Sua Exia. o camarada GUEBUZA até pensou inteligente ao colocar sangue novo (jovens) na governação deste Pais, Moçambique. Pois estava ele a preparar a nova geração para governação. Porem, ele falhou ao escolher apenas miúdos dos seus 40 anos para o assessorar/ o aconselhar. Sendo eles de menor idade, tinham que agradar a sua Exia. o seu chefe em tudo, esquecendo de o corrigir, de o chamar atenção/admoestar . Dai o chefe acabou governando o nosso Moçambique ao estilo de "cabra-cega" jogo de criança. Ou por outras, o chefe ficou como peixe nadando em águas turvas. Sem noção da real situação a sua volta. A dita auto-estima, sumiu misteriosamente?!

Anonymous said...

Se concordar comigo, de que o "o balde já entornou" e quer minimizar as consequência, então, bom é: 1. Reconhecer o erro; 2. Convocar para uma reunião restrita com todos os históricos de Nachingweia para se aconselharem/consertarem; 3. Reconhecer quadros de outros partidos na sua governação, nomeando-os ao cargos executivos; 4. Aceitar paridade na CNE/STAE; 5. Revolucionar o Exercito sem cor partidária e pagamento de salários condignos. Essa será a chave de sucesso da sua governação. Tão simples como isso.

Anonymous said...

Mocambique....Mocambique..Mocambique..!
Onde vais Mocambique, levado por uma ventania provocada por um grupo de governantes que se fazem de proprietarios do pais. Onde iras parar assim que andas num aviao que so tem espaco para aterragem no estrangeiro..! Porque levas o seu povo fora da sua promessa em legalidade da paz e democracia para sempre..! oohh Mocambique..! o seu belo povo esta ainda precisando de si, as suas manchas sao criadas por gentes que se chamam de dirigentes do pais enquanto sao somente bando de agressivos em luta ao puxar o papagaio que ta voando num mundo escuro. Nao exclua o seu povo fora de si, nao tendo a ver da raca,cor,genero,idade e muito menos da capacitade economica porque todos precisam de si e estao lutando gritando a sua reconquista, a pesar das mortes e ferimentos, mas juramos e juraremos que um dia iremos te-lo de volta e os cobardes assassinos que se aproveitam da regalia para fomentar os seus crimes estaram sem forca e decisao porque lhes sera quebrada a espinha dorsal.

poema em xoro do lindo pais dos Mocambicanos k vai ao fim.....!