Carros do Estado estarão a ser utilizados ilegalmente por membros da Frelimo, o partido no poder, na campanha para as eleições autárquicas, que arrancou terça-feira em todo o país, indica um relatório de observadores eleitorais divulgado hoje.
Relatos dos observadores do "Boletim do Processo Político em Moçambique", publicado pela organização não-governamental moçambicana Centro de Integridade Pública (CIP) e pela Associação de Parlamentares Europeus para África (AWEPA), referem a utilização de veículos oficiais por membros da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) em várias regiões do país para atividades de campanha.
Os observadores, citados pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), registaram estes ilícitos eleitorais em algumas cidades das províncias de Cabo Delgado, Niassa, Tete, Nampula e Manica [região centro e norte], onde os carros foram utilizados em ações como a colagem de cartazes.
No município de Nacala, em Nampula, um veículo do ministério das Obras Públicas terá sido usado para percorrer cerca de 200 km para a colocação de panfletos, exemplifica a AIM.
Na segunda-feira, o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, Abdul Carimo, alertou todos os candidatos às eleições autárquicas para a ilegalidade da utilização de veículos públicos em atividades de campanha.
Os observadores eleitorais confirmaram ainda acusações do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior força política do país, sobre a destruição de material de campanha, alegadamente protagonizada por elementos ou simpatizantes da Frelimo, na região de Lichinga, província de Niassa, norte de Moçambique.
As eleições autárquicas em Moçambique realizam-se em 20 de Novembro.
Lusa
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