Todos os ocupantes que seguiam no avião das Linhas Aéreas Moçambicanas morreram no incidente que ocorreu na sexta-feira.
O aparelho estava desaparecido desde sexta-feira e foi encontrado este sábado num parque do Nordeste da Namíbia. Não foram encontrados sobreviventes. O aparelho levava 34 pessoas a bordo, sendo que 10 eram moçambicanos, 9 angolanos, 6 eram portugueses, um francês, um brasileiro e um chinês, além da tripulação.
Este avião Embraer 190, com 28 passageiros e seis tripulantes, desapareceu na fronteira do Botsuana com a Namíbia, quando fazia a ligação Maputo-Luanda.
"O avião estava completamente queimado e não há sobreviventes”, contava um oficial da polícia namibiana citado pela agência Reuters.
Quanto a declarações oficiais, a administradora-delegada das Linhas Aéreas Moçambicanas (LAM) admitiu que o avião que fazia a ligação Maputo-Luanda estava “desaparecido” desde o início da tarde de sexta-feira, altura em que sobrevoava o norte da Namíbia, numa zona perto do Botsuana e de Angola, onde se verificaram chuvas muito fortes.
Em declarações aos jornalistas, no aeroporto de Maputo, Marlene Manave, adiantou ainda que as autoridades moçambicanas contactaram a Namíbia para terem início busca quando houve falta de contacto rádio com a aeronave.
As primeiras reacções:
Entretanto, Armando Guebuza convocou um Conselho de Ministros extraordinário para avaliar a situação depois do sucedido.
Já as autoridades angolanas criaram um centro de controlo e resgate, no Aeroporto Nacional 4 de Fevereiro, em Luanda, para acompanhar o acidente com um avião das linhas aéreas moçambicanas (LAM), disse hoje à Lusa fonte da aeronáutica civil angolana.
Em Portugal, o Presidente da República enviou no este sábado, dia 30, uma mensagem de condolências às famílias das vítimas do acidente do avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), na Namíbia, manifestando a sua "grande consternação" pelo ocorrido.
A nota presidencial portuguesa refere ainda que serviços diplomáticos e consulares nacionais têm estado em contacto com as respetivas famílias e com as autoridades dos países envolvidos, com vista a seguir todos os acontecimentos de "forma muito próxima".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português revelou, em comunicado, que já foram contactaram os familiares de quatro dos portugueses que viajavam no voo TM470, entre Maputo e Luanda, em ‘codeshare” com a angolana TAAG.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português revelou, em comunicado, que já foram contactaram os familiares de quatro dos portugueses que viajavam no voo TM470, entre Maputo e Luanda, em ‘codeshare” com a angolana TAAG.
LAM banida de voar em espaço europeu:
Desde 2011 que a empresa está banida de voar no espaço europeu, o que provocou o fim do voo para Lisboa, a única ligação que mantinha com este continente, “por deficiências de segurança”.
O aparelho acidentado, de fabrico brasileiro, é um dos modernos aviões escolhidos pela LAM para a renovação da sua frota, anteriormente constituída por aparelhos Boeing.
Para além do 190, a LAM utiliza os modelos 120 e 145 da Embraer, Q 400 da canadiana Bombardier e um Boeing 737-500, produzido nos Estados Unidos.
A LAM tem tentado, sem sucesso, convencer as instâncias europeias da eficácia das medidas que tomou para resolver a situação.
Já antes, no início do século XXI, a LAM tinha estado temporiamente proibida de voar para a Europa.
Actualmente, a companhia de bandeira moçambicana assegura voos internos para todas as capitais provinciais com aeroporto e ligações regionais para Dar es Salaam (Tanzânia), Harare (Zimbabué), Luanda (Angola) e Joanesburgo e Durban (África do Sul).
A LAM, criada em 1980, e que emprega 695 trabalhadores, é a herdeira da DETA, surgida em 1936, no período da administração colonial portuguesa.
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