Marcha histórica! (#canalmoz)
Foi notável a indignação popular sempre que fosse pronunciado o nome do chefe de Estado, Armando Guebuza, e do Governo. “Ladrões, fora! Corruptos, fora! Assassinos, fora!”, cantaram os cidadãos indignados, quando o músico Azagaia subiu ao palco!
Maputo (Canalmoz) – O povo fez história. Pela primeira vez, o povo moçambicano saiu à ...rua de forma pacífica e ordeira para protestar contra o estado caótico e de insegurança generalizada em que o País está. A capital, Maputo, parou literalmente. Estima-se que tenham estado na marcha mais de 10 mil cidadãos. Moçambicanos de todas as raças, sexo, idade e extractos sociais saíram à rua e, numa única voz, manifestaram a sua indignação perante a incompetência do Governo da Frelimo. “Basta”, foi o lema da marcha.
O povo disse “basta” ao actual espectro de guerra civil que se está a alastrar por todo o País, devido à “intolerância política”, tal como disse “basta” à onda de raptos e assassinatos que já atingiram níveis de calamidade.
A marcha começou um pouco depois das 08 horas, na estátua Eduardo Mondlane, na avenida do mesmo nome. O mar de gente começava da estátua pela Avenida Eduardo Mondlane e desaguava no cruzamento com a Albert Lithuli. Era muita gente. Empunhando cartazes com palavras de ordem como: “abaixo a corrupção”, “queremos a paz”, “a quem serve a polícia?”, “Governo mudo”, “não à intolerância”, o povo manifestou a sua indignação com a actual situação do País. De forma muito ordeira a marcha seguiu até à Praça da Independência, em frente ao edifício do Conselho Municipal de Maputo.
O povo gozou do direito à indignação
Já na Praça da Independência a moldura humana concentrou-se em frente à estátua Samora Machel, e os líderes das instituições envolvidas na organização do mega evento tomaram a palavra para manifestar a sua indignação. Observou-se um minuto de silêncio em memória às pessoas que perderam a vida nos confrontos militares e em consequência dos raptos. Foi entoado o hino nacional em sinal de patriotismo dos manifestantes. Mas antes dos discursos, subiu ao palco o músico Azagaia para com a multidão cantar, “Ladrões, fora! Corruptos, fora! Assassinos, fora!”
Líder da comunidade islâmica fala de “ganancioso”
Usando da palavra o líder da comunidade islâmica denunciou, sem fazer referência a nome, “o ganancioso” que quer “levar toda a riqueza do País para sua sepultura”. Segundo disse, o “ganancioso acredita que pode continuar no poder e nem o povo o pode tirar”.
Alice Mabota passa mal e recusa-se a ir ao hospital
Visivelmente satisfeita com a adesão à manifestação, Alice Mabota disse que o povo saiu à rua para dizer que o problema deste País é a “insensibilidade da liderança e a ganância que tomou conta dela”. Mabota denunciou o crime organizado que está no comando geral da polícia, que faz com que os cidadãos tenham medo de contactar a polícia quando raptados. “A corrupção está na polícia”, disse Mabota. Para Alice Mabota, o presidente da República tem todos os meios para parar com a instabilidade que se vive no País de forma pacífica.
A meio do discurso, Alice Mabota passou mal devido à alta temperatura e emoção. Foi prontamente assistida, mas recusou-se a ir ao hospital e preferiu ser assistida no local para não perder “o momento histórico”. Recuperou e voltou a discursar.
Salomão Muchanga diz que é só o começo
Também discursou o presidente do Parlamento Juvenil, Salomão Muchanga, que defendeu a dignidade humana e o respeito pelos direitos humanos, tendo condenado a morte de civis numa guerra que devia ter sido evitada se houvesse “postura de Estado”. Sobre a mobilização que a organização conseguiu, Muchanga disse que era só o começo e que a marcha deve ficar no espírito de cada cidadão, porque “ela não morre”.
Na cidade da Beira também houve uma mega manifestação contra a incompetência do Governo. E assim o povo fez história!
Canalmoz
Foi notável a indignação popular sempre que fosse pronunciado o nome do chefe de Estado, Armando Guebuza, e do Governo. “Ladrões, fora! Corruptos, fora! Assassinos, fora!”, cantaram os cidadãos indignados, quando o músico Azagaia subiu ao palco!
Maputo (Canalmoz) – O povo fez história. Pela primeira vez, o povo moçambicano saiu à ...rua de forma pacífica e ordeira para protestar contra o estado caótico e de insegurança generalizada em que o País está. A capital, Maputo, parou literalmente. Estima-se que tenham estado na marcha mais de 10 mil cidadãos. Moçambicanos de todas as raças, sexo, idade e extractos sociais saíram à rua e, numa única voz, manifestaram a sua indignação perante a incompetência do Governo da Frelimo. “Basta”, foi o lema da marcha.
O povo disse “basta” ao actual espectro de guerra civil que se está a alastrar por todo o País, devido à “intolerância política”, tal como disse “basta” à onda de raptos e assassinatos que já atingiram níveis de calamidade.
A marcha começou um pouco depois das 08 horas, na estátua Eduardo Mondlane, na avenida do mesmo nome. O mar de gente começava da estátua pela Avenida Eduardo Mondlane e desaguava no cruzamento com a Albert Lithuli. Era muita gente. Empunhando cartazes com palavras de ordem como: “abaixo a corrupção”, “queremos a paz”, “a quem serve a polícia?”, “Governo mudo”, “não à intolerância”, o povo manifestou a sua indignação com a actual situação do País. De forma muito ordeira a marcha seguiu até à Praça da Independência, em frente ao edifício do Conselho Municipal de Maputo.
O povo gozou do direito à indignação
Já na Praça da Independência a moldura humana concentrou-se em frente à estátua Samora Machel, e os líderes das instituições envolvidas na organização do mega evento tomaram a palavra para manifestar a sua indignação. Observou-se um minuto de silêncio em memória às pessoas que perderam a vida nos confrontos militares e em consequência dos raptos. Foi entoado o hino nacional em sinal de patriotismo dos manifestantes. Mas antes dos discursos, subiu ao palco o músico Azagaia para com a multidão cantar, “Ladrões, fora! Corruptos, fora! Assassinos, fora!”
Líder da comunidade islâmica fala de “ganancioso”
Usando da palavra o líder da comunidade islâmica denunciou, sem fazer referência a nome, “o ganancioso” que quer “levar toda a riqueza do País para sua sepultura”. Segundo disse, o “ganancioso acredita que pode continuar no poder e nem o povo o pode tirar”.
Alice Mabota passa mal e recusa-se a ir ao hospital
Visivelmente satisfeita com a adesão à manifestação, Alice Mabota disse que o povo saiu à rua para dizer que o problema deste País é a “insensibilidade da liderança e a ganância que tomou conta dela”. Mabota denunciou o crime organizado que está no comando geral da polícia, que faz com que os cidadãos tenham medo de contactar a polícia quando raptados. “A corrupção está na polícia”, disse Mabota. Para Alice Mabota, o presidente da República tem todos os meios para parar com a instabilidade que se vive no País de forma pacífica.
A meio do discurso, Alice Mabota passou mal devido à alta temperatura e emoção. Foi prontamente assistida, mas recusou-se a ir ao hospital e preferiu ser assistida no local para não perder “o momento histórico”. Recuperou e voltou a discursar.
Salomão Muchanga diz que é só o começo
Também discursou o presidente do Parlamento Juvenil, Salomão Muchanga, que defendeu a dignidade humana e o respeito pelos direitos humanos, tendo condenado a morte de civis numa guerra que devia ter sido evitada se houvesse “postura de Estado”. Sobre a mobilização que a organização conseguiu, Muchanga disse que era só o começo e que a marcha deve ficar no espírito de cada cidadão, porque “ela não morre”.
Na cidade da Beira também houve uma mega manifestação contra a incompetência do Governo. E assim o povo fez história!
Canalmoz
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