Esta é uma pergunta dificil cuja
resposta não pode ser irredutível ainda que certas vozes alinhadas finjam que é
possível haver eleições gerais sem Afonso Dhlakama nem a Renamo.
Só uma irresponsabilidade sem limites pode levar a
concluir de que não há problema em realizar eleições deixando a Renamo e
Dhlakama de fora porque isso significaria perpetuar o conflito armado.
Se a Frelimo desejar uma paz justa e duradoura, tem que tudo fazer para que as eleições de 15 de Outubro próximo sejam abrangentes, inclusivas, transparentes, sem a Força de Intervenção Rápida pelo meio, nem ajuda dos órgãos eleitorais e nem artifícios, como tem sido prática habitual.
A Frelimo pode organizar eleições sem a Renamo nem Dhlakma - isso interessa ao regime -, mas, as consequências serão catastróficas para o povo e a democracia. A Renamo pode generalizar a guerra. Ela poderá alastarar-se por todo o País, mergulhando, mais uma vez, o povo em sofrimento.
A ambição de continuar no poder a qualquer preço da oligarquia da Frelimo não pode justificar que o País volte a pegar fogo. O povo deve opôr-se, com firmeza, aos desígnios da Frelimo que, para se manter no poder, adora a exclusão económica e política dos cidadãos que professam ideologia política diferente da sua. Forçar a exclusão de Afonso Dhlakama é um perigo que não ser tolerada.
Não há pecado na exigência da Renamo ao querer ser ela a chefiar as forças armadas e policiais, a exemplo de Angola. Atendendo as circunstâncias em que a Frelimo assume o poder, embora legal, mas, muitas vezes, ilegítima por não emanar da vontade do do povo, faz cansar a qualquer santo. A Frelimo aldraba o seu adversário, como Joaquim Chissano o revelou, recorre à FIR para perseguir os seus concorrentes e socorre-se de
magistrados a si arregimentados para vencer uma eleição.
O Mundo não desabou pelo facto de as forças armadas, durante 22 anos, terem sido dirigidas pela Frelimo que ganha as eleições de maneira pouco clara, ou melhor, através de fraudes. Não vai, agora, o Mundo desmoronar-se por a Renamo dizer que, também, chegou a sua vez. O Presidente Armando Giuebuza e José Pacheco, negociador-chefe do governo, dizem que a exigência da Renamo é uma aberração e que não deseja a paz. Pensar de tal modo é uma aberração. Quem começou com a guerra foi o governo.
A Renamo esperou 22 anos depois dos acordos de Roma pela justiça. Paulo de Carvalho, sociólogo angolano, disse que Dhlakama aceita tudo para manter a paz. Uma corrente de opinião adstrita ao regime tomou tal postura como fraqueza e já pensava acabar com a Renamo. Só abandonaram as suas intenções depois da pujança que os homens armados da Renamo mostram nos confrontos com as forças do governo.
O povo, as forças vivas, a sociedade civil e os partidos políticos devem impedir que a Frelimo volte a mergulhar o País num conflito armado absurdo, injusto, que motivado por agendas estranhas aos interesses nacionais.
Edwin Hounnou, Magazine Independente
Se a Frelimo desejar uma paz justa e duradoura, tem que tudo fazer para que as eleições de 15 de Outubro próximo sejam abrangentes, inclusivas, transparentes, sem a Força de Intervenção Rápida pelo meio, nem ajuda dos órgãos eleitorais e nem artifícios, como tem sido prática habitual.
A Frelimo pode organizar eleições sem a Renamo nem Dhlakma - isso interessa ao regime -, mas, as consequências serão catastróficas para o povo e a democracia. A Renamo pode generalizar a guerra. Ela poderá alastarar-se por todo o País, mergulhando, mais uma vez, o povo em sofrimento.
A ambição de continuar no poder a qualquer preço da oligarquia da Frelimo não pode justificar que o País volte a pegar fogo. O povo deve opôr-se, com firmeza, aos desígnios da Frelimo que, para se manter no poder, adora a exclusão económica e política dos cidadãos que professam ideologia política diferente da sua. Forçar a exclusão de Afonso Dhlakama é um perigo que não ser tolerada.
Não há pecado na exigência da Renamo ao querer ser ela a chefiar as forças armadas e policiais, a exemplo de Angola. Atendendo as circunstâncias em que a Frelimo assume o poder, embora legal, mas, muitas vezes, ilegítima por não emanar da vontade do do povo, faz cansar a qualquer santo. A Frelimo aldraba o seu adversário, como Joaquim Chissano o revelou, recorre à FIR para perseguir os seus concorrentes e socorre-se de
magistrados a si arregimentados para vencer uma eleição.
O Mundo não desabou pelo facto de as forças armadas, durante 22 anos, terem sido dirigidas pela Frelimo que ganha as eleições de maneira pouco clara, ou melhor, através de fraudes. Não vai, agora, o Mundo desmoronar-se por a Renamo dizer que, também, chegou a sua vez. O Presidente Armando Giuebuza e José Pacheco, negociador-chefe do governo, dizem que a exigência da Renamo é uma aberração e que não deseja a paz. Pensar de tal modo é uma aberração. Quem começou com a guerra foi o governo.
A Renamo esperou 22 anos depois dos acordos de Roma pela justiça. Paulo de Carvalho, sociólogo angolano, disse que Dhlakama aceita tudo para manter a paz. Uma corrente de opinião adstrita ao regime tomou tal postura como fraqueza e já pensava acabar com a Renamo. Só abandonaram as suas intenções depois da pujança que os homens armados da Renamo mostram nos confrontos com as forças do governo.
O povo, as forças vivas, a sociedade civil e os partidos políticos devem impedir que a Frelimo volte a mergulhar o País num conflito armado absurdo, injusto, que motivado por agendas estranhas aos interesses nacionais.
Edwin Hounnou, Magazine Independente
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