Maputo, 26 Mai (AIM) O diálogo político entre o governo e a Renamo, o maior partido da oposição, registou hoje mais um impasse devido a divergências sobre os termos de referência do papel dos observadores internacionais que deverão fiscalizar a cessação das hostilidades em Moçambique.
O governo continua a defender que os observadores internacionais devem, para além de fiscalizar a cessação das hostilidades, assistir a desmobilização da Renamo, facto que esta formação política discorda.
Por outro lado, a Renamo exige que a sua desmilitarização deve seguir o princípio de paridade nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Polícia moçambicana (PRM), e na Polícia de Altas Individualidades.
O antigo movimento rebelde acrescenta que o governo deve retirar as Forcas de Defesa e Segurança (FDS) das matas de Gorongosa, onde o seu líder, Afonso Dhlakama, se encontra escondido há meses.
O chefe da delegação do governo e ministro da agricultura, José Pacheco, disse, no final da sessão de hoje, que a Renamo não quer abandonar as hostilidades.
A Renamo pode até entregar duas ou três armas e não estar desmilitarizada e, logo, voltaremos, futuramente, a tratar novamente desta mesma matéria, disse Pacheco, acrescentando que a Renamo afirma que só vai entregar as armas a uma entidade credível, mas não diz que instituição é essa.
A Renamo insiste na retirada das FDS, eventualmente pretendendo que se isso acontecer poderá continuar a criar condições para se reequipar e progredir com matança de cidadãos indefesos, e com outras formas de violência que a caracterizam. A Renamo pretende que os observadores internacionais venham reorganizar as FDS que já estão organizadas e a manter a ordem pública e defesa de soberania.
Segundo Pacheco, a Renamo aceita a integração, mas também a reintegração. Não entendemos o que pretende dizer com reintegração. Contudo, tudo indica que pretende que todos os desmobilizados das FADM sejam reintegrados.
Segundo o Ministro, o governo convidou, mais uma vez, a Renamo a agendar o diálogo ao mais alto nível, entre o Presidente Armando Guebuza e o seu líder, Afonso Dhlakama, na cidade de Maputo.
Dissemos que estamos na disposição de suportar os encargos desta deslocação, desde que a Renamo nos dê indicações muito precisas de quem quer que traga o seu presidente à mesa do diálogo, referiu Pacheco.
O Ministro lamentou o facto de a Renamo continuar a exigir garantias de segurança ao seu líder, justificando que em nenhum momento Dhlakama correu risco de vida.
Em nenhum momento esteve em causa a sua integridade física. Aliás, o governo quer a ele saudável para que participe nas eleições e não seja sacrificado pelos seus elementos que vivem na cidade com colarinho branco no parlamento, referiu José Pacheco.
Dhlakama viveu, logo depois da assinatura do Acordo Geral da Paz (AGP) com o governo, na cidade de Maputo, tendo depois se transferido para a cidade nortenha de Nampula e mais tarde para as matas de Gorongosa, centro do país.
Pacheco reafirmou que em nenhum momento a integridade física de Dhlakama esteve em causa. Se o governo tivesse intenções de matá-lo, teria o feito a quando do seu recenseamento eleitoral.
Como somos um governo que prima pelo respeito, pela lei, pelas instituições, sobretudo pela vida humana, permitimos que ele exercesse o seu direito e dever de cidadania, indicou Pacheco.
Por seu turno, o deputado e chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, disse que a sua delegação deslocou-se hoje, à mesa do diálogo, com vontade de terminar com este assunto.
Porém, segundo a fonte, o ambiente não foi bom. O impasse continua e o governo recusa se de retirar as forças armadas em Gorongosa. Isso demonstra o plano do governo de continuar com as acções militares contra o presidente Afonso Dhlakama para impedi-lo de sair e se preparar para as eleições.
Segundo Macuiane, manter efectivos do exército em Gorongosa não é um bom caminho para se resolver o problema.
Entretanto, os observadores nacionais acreditam que as partes em diálogo estão próximas de alcançar consensos sobre os termos de referência que deverão definir a função dos mediadores internacionais.
Cremos que as partes estão muito próximas de chegar a concórdia sobre a missão dos observadores internacionais, disse o pastor Anastácio Chembeze, da Igreja Metodista.
(AIM)
O governo continua a defender que os observadores internacionais devem, para além de fiscalizar a cessação das hostilidades, assistir a desmobilização da Renamo, facto que esta formação política discorda.
Por outro lado, a Renamo exige que a sua desmilitarização deve seguir o princípio de paridade nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Polícia moçambicana (PRM), e na Polícia de Altas Individualidades.
O antigo movimento rebelde acrescenta que o governo deve retirar as Forcas de Defesa e Segurança (FDS) das matas de Gorongosa, onde o seu líder, Afonso Dhlakama, se encontra escondido há meses.
O chefe da delegação do governo e ministro da agricultura, José Pacheco, disse, no final da sessão de hoje, que a Renamo não quer abandonar as hostilidades.
A Renamo pode até entregar duas ou três armas e não estar desmilitarizada e, logo, voltaremos, futuramente, a tratar novamente desta mesma matéria, disse Pacheco, acrescentando que a Renamo afirma que só vai entregar as armas a uma entidade credível, mas não diz que instituição é essa.
A Renamo insiste na retirada das FDS, eventualmente pretendendo que se isso acontecer poderá continuar a criar condições para se reequipar e progredir com matança de cidadãos indefesos, e com outras formas de violência que a caracterizam. A Renamo pretende que os observadores internacionais venham reorganizar as FDS que já estão organizadas e a manter a ordem pública e defesa de soberania.
Segundo Pacheco, a Renamo aceita a integração, mas também a reintegração. Não entendemos o que pretende dizer com reintegração. Contudo, tudo indica que pretende que todos os desmobilizados das FADM sejam reintegrados.
Segundo o Ministro, o governo convidou, mais uma vez, a Renamo a agendar o diálogo ao mais alto nível, entre o Presidente Armando Guebuza e o seu líder, Afonso Dhlakama, na cidade de Maputo.
Dissemos que estamos na disposição de suportar os encargos desta deslocação, desde que a Renamo nos dê indicações muito precisas de quem quer que traga o seu presidente à mesa do diálogo, referiu Pacheco.
O Ministro lamentou o facto de a Renamo continuar a exigir garantias de segurança ao seu líder, justificando que em nenhum momento Dhlakama correu risco de vida.
Em nenhum momento esteve em causa a sua integridade física. Aliás, o governo quer a ele saudável para que participe nas eleições e não seja sacrificado pelos seus elementos que vivem na cidade com colarinho branco no parlamento, referiu José Pacheco.
Dhlakama viveu, logo depois da assinatura do Acordo Geral da Paz (AGP) com o governo, na cidade de Maputo, tendo depois se transferido para a cidade nortenha de Nampula e mais tarde para as matas de Gorongosa, centro do país.
Pacheco reafirmou que em nenhum momento a integridade física de Dhlakama esteve em causa. Se o governo tivesse intenções de matá-lo, teria o feito a quando do seu recenseamento eleitoral.
Como somos um governo que prima pelo respeito, pela lei, pelas instituições, sobretudo pela vida humana, permitimos que ele exercesse o seu direito e dever de cidadania, indicou Pacheco.
Por seu turno, o deputado e chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, disse que a sua delegação deslocou-se hoje, à mesa do diálogo, com vontade de terminar com este assunto.
Porém, segundo a fonte, o ambiente não foi bom. O impasse continua e o governo recusa se de retirar as forças armadas em Gorongosa. Isso demonstra o plano do governo de continuar com as acções militares contra o presidente Afonso Dhlakama para impedi-lo de sair e se preparar para as eleições.
Segundo Macuiane, manter efectivos do exército em Gorongosa não é um bom caminho para se resolver o problema.
Entretanto, os observadores nacionais acreditam que as partes em diálogo estão próximas de alcançar consensos sobre os termos de referência que deverão definir a função dos mediadores internacionais.
Cremos que as partes estão muito próximas de chegar a concórdia sobre a missão dos observadores internacionais, disse o pastor Anastácio Chembeze, da Igreja Metodista.
(AIM)
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