“Temos que nos sentir indignados que na nossa pátria tenhamos pessoas com problemas de falta de comida. Mas para isso é preciso coragem”
Maputo (Canalmoz) – A patrona da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, Graça Machel, apelou, na quarta-feira, à indignação colectiva perante o fosso cada vez mais acentuado en...tre os ricos e os pobres em Moçambique. Para Graça Machel, é inconcebível que uns tenham tudo no mesmo país em que paradoxalmente outros nada têm, faltando-lhes inclusive o básico, que é a comida.
Graça Machel falava num encontro organizado por ocasião dos 20 anos daquela organização. Depois de ter quebrado o luto (de quase seis meses) e de ter apoiado a campanha pela libertação das raparigas nigerianas raptadas pelos muçulmanos do Boko Haram, a viúva de Nelson Mandela fala agora da pobreza e da necessidade de solidariedade.
Graça Machel afirmou que, na visão da organização que dirige, “o desenvolvimento só se pode enraizar quando for concebido e baseado na comunidade numa visão integrada”.
Sublinhou que a solidariedade a nível nacional já não existe.
“Existem aqueles que têm mais, e os outros não têm nada, vão para a cama sem nada. Mas todos nós temos direito à vida”, apontou a PCA da FDC.
Para Graça Machel, a solidariedade nacional ainda não se transformou numa realidade social para apoiar os muitos que nada têm para comer.
“Temos que nos sentir indignados que na nossa pátria tenhamos pessoas com problemas de falta de comida. Mas para isso é preciso coragem”, afirmou.
A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade surgiu em 1993, um ano depois do fim da guerra civil, como uma associação de desenvolvimento da comunidade, com 19 membros. Mais tarde, em 1994, transformou-se em fundação, numa altura em que o país estava dilacerado pelos efeitos da guerra, com mais de cinco milhões de refugiados e dois milhões de deslocados.
Nos últimos 20 anos, segundo referiu Abdul Carimo, um dos administradores da FDC, a organização envolveu-se em actividades que não faziam parte do seu trabalho, porque teve que realizar acções que mais ninguém estava a realizar.
O envolvimento da FDC incluiu a intervenção no perdão da dívida, a participação em discussões em torno da “revolução verde”, do levantamento de 5 de Fevereiro, da xenofobia, da lei eleitoral, dos alimentos geneticamente modificados, assim como a participação nos debates sobre os programas políticos, económicos e sociais do país.
A FDC declara que pretende celebrar a capacidade da população para enfrentar as dificulades, o que a torna mais forte para controlar os seus próprios destinos.
“Queremos nesta celebrações reivindicar o passado e recolher subsídios para desenhar o futuro”, refere a organização.
(Bernardo Álvaro, Canalmoz)
Maputo (Canalmoz) – A patrona da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, Graça Machel, apelou, na quarta-feira, à indignação colectiva perante o fosso cada vez mais acentuado en...tre os ricos e os pobres em Moçambique. Para Graça Machel, é inconcebível que uns tenham tudo no mesmo país em que paradoxalmente outros nada têm, faltando-lhes inclusive o básico, que é a comida.
Graça Machel falava num encontro organizado por ocasião dos 20 anos daquela organização. Depois de ter quebrado o luto (de quase seis meses) e de ter apoiado a campanha pela libertação das raparigas nigerianas raptadas pelos muçulmanos do Boko Haram, a viúva de Nelson Mandela fala agora da pobreza e da necessidade de solidariedade.
Graça Machel afirmou que, na visão da organização que dirige, “o desenvolvimento só se pode enraizar quando for concebido e baseado na comunidade numa visão integrada”.
Sublinhou que a solidariedade a nível nacional já não existe.
“Existem aqueles que têm mais, e os outros não têm nada, vão para a cama sem nada. Mas todos nós temos direito à vida”, apontou a PCA da FDC.
Para Graça Machel, a solidariedade nacional ainda não se transformou numa realidade social para apoiar os muitos que nada têm para comer.
“Temos que nos sentir indignados que na nossa pátria tenhamos pessoas com problemas de falta de comida. Mas para isso é preciso coragem”, afirmou.
A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade surgiu em 1993, um ano depois do fim da guerra civil, como uma associação de desenvolvimento da comunidade, com 19 membros. Mais tarde, em 1994, transformou-se em fundação, numa altura em que o país estava dilacerado pelos efeitos da guerra, com mais de cinco milhões de refugiados e dois milhões de deslocados.
Nos últimos 20 anos, segundo referiu Abdul Carimo, um dos administradores da FDC, a organização envolveu-se em actividades que não faziam parte do seu trabalho, porque teve que realizar acções que mais ninguém estava a realizar.
O envolvimento da FDC incluiu a intervenção no perdão da dívida, a participação em discussões em torno da “revolução verde”, do levantamento de 5 de Fevereiro, da xenofobia, da lei eleitoral, dos alimentos geneticamente modificados, assim como a participação nos debates sobre os programas políticos, económicos e sociais do país.
A FDC declara que pretende celebrar a capacidade da população para enfrentar as dificulades, o que a torna mais forte para controlar os seus próprios destinos.
“Queremos nesta celebrações reivindicar o passado e recolher subsídios para desenhar o futuro”, refere a organização.
(Bernardo Álvaro, Canalmoz)
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