Monday, 2 June 2014

O diálogo das armas


Jovens das FADM continuam a morrer na perseguição ao líder da Renamo

“Nos confrontos registados entre quinta e sábado pelo menos dois soldados governamentais foram mortos, e sete ficaram gravemente feridos.”

Já no fecho desta edição informações não confirmadas indicavam que as tropas governamentais tentaram uma incursão nocturna na região de Mucodza a sete quilómetros de Gorongosa. Os guerrilheiros da Renamo atiraram sobre os pneus do camião e houve uma tragédia. Parte dos agentes das FADM morreu e outra está perdida nas matas.

Beira (Canalmoz) – Enquanto o calendário eleitoral fica cada vez mais apertado, a incerteza sobre o futuro torna-se maior. As armas não se calam, enquanto os dois beligerantes continuam a falar de paz. O Governo insiste em perseguir Afonso Dhlakama, mandando efectivos ao interior de Gorongosa, e os homens armados da Renamo respondem a cada investida.
Neste fim-de-semana, a Gorongosa voltou a ser palco de combates, com mortes e feridos.
Informações que nos foram facultadas por fontes militares das forças governamentais indicam que o primeiro confronto entre homens da Renamo e as FADM registou-se na quinta-feira, na região da Casa Banana e Mucodza, a norte da Gorongosa. As tropas governamentais tentaram sem sucesso desactivar uma base da Renamo na região de Nhadue, onde pensavam que havia armas. As FADM acabaram por cair numa emboscada, tendo um militar morrido no local, e sete ficaram gravemente feridos.
Fonte do Hospital Provincial de Chimoio disse que o militar que morreu, cujo corpo está naquela unidade sanitária, não foi vítima de balas. Mas, sim, encontrou a morte durante as manobras de recuo dos veículos das Forças de Defesa e Segurança.
Um outro confronto militar ocorreru por volta das 12 horas de sábado, durante uma nova incursão do exército às encostas da serra da Gorongosa, onde se supõe que esteja refugiado o líder do partido Renamo, Afonso Dhlakama. Os confrontos registaram-se a escassos metros do acampamento de Sadjundjira, de onde Dhlakama foi desalojado pelo exército em Outubro passado. Um militar morreu.


Polícia desmente mortes


Em conferência de imprensa que teve lugar na passada sexta-feira, o Comando da PRM da província de Sofala, na pessoa do seu porta-voz, Daniel Macuácua, confirmou os confrontos de quinta-feira, e, como sempre, atribuiu a responsabilidade aos homens armados da Renamo. Negou que tenham sido as forças governamentais que teriam tentado desactivar bases da Renamo. A fonte negou que tenha havido baixas do lado governamental.


As FADM querem encontrar o líder da Renamo


Entretanto, em conferência de imprensa convocada a propósito dos ataques, o delegado provincial da Renamo em Sofala, Albano Bulaunde, acusou o exército governamental de querer chegar até onde está o líder da Renamo. Num dos confrontos, os militares governamentais – para desactivar uma base do movimento em Nhadue (Casa Banana) a norte de Gorongosa – seguiram o trilho usado pela Brigada de Recenseamento que, em 8 de Maio, inscreveu o líder da Renamo. Os militares foram parados por tiros dos homens armados que controlam a região.
Albano Bulaunde assegurou que os seguranças do líder da Renamo não vão permitir que as forças do Governo entrem nas matas para capturar Dhlakama. “As nossas forças continuarão sempre em prontidão para defender o seu líder Afonso Dlhakama até que se criem condições para ele circular livremente no país”, disse.



Canalmoz

3 comments:

António Manna said...

https://www.facebook.com/notes/tony-manna/vilankulo-agoniza-sob-a-o-olhar-insens%C3%ADvel-do-governo/734491159925623

Anonymous said...

É necessário que os homens das Forças Armadas de Defesa Nacional parem e pensem no seu futuro, de seus filhos e netos, faz favor quando não tem dentes para mastigar milho não joga fora a panela, há mais pessoas que podem torar. Se a frelimo sabe de que está cansada de viver por favor não estrague o ambiente, pois há ainda tempo e pessoas que querem viver como foi para a Frelimo. Guerras até quando? Dirigir até quando? Moçambique é um país democrático deixem para os outros.

Anonymous said...

Quem quiser contestar isto meus irmãos faça, vou dizer: a tribo que está a dirigir é muito arrogante por isso que nada vai ficar bem em Moçambique. A idéia de cortar o país é muito boa para deixar a tribo a governar eternamente. Se fosse milho na próxima época não lancariamos à terra, iríamos torar toda semente para ver nem um grau perdido a terminar. Tupezire, mpaka chaka chi ni ngondo anya pambingo...?