Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Privatização de cinco estradas
Num acto digno de xiconhoquice, o Governo moçambicano pretende privatizar cinco vias rodoviárias. O objectivo, segundo a justificação dada, é promover uma maior transitabilidade e segurança rodoviária.
Cadmiel Muthemba, ministro das Obras Públicas e Habitação, correu até uma certa imprensa e disse que os troços que passarão a gestão privada são os que se situam entre os distritos de Boane e Matola e Marracuene-Lindela (sul); Vandúzi-Changara (centro) e ainda as estradas de Nampula-Nacala e Monapo-Ilha de Moçambique (norte).
Muthemba afirma ainda que a concessão das cinco rodovias se enquadra no âmbito das parcerias público-privadas e pretende-se incutir nos utentes moçambicanos o conceito de “utilizador-pagador” – como se nós não pagássemos impostos – através do pagamento das portagens que serão instaladas nos referidos troços.
Que xiconhoquice para furarem ainda mais os nossos bolsos e depois nos presentearem com maus serviços! As trafulhices deste Governo, em vez de diminuírem, tendem a agravar-se.
Senão vejamos: sem falar do que acontece noutras portagens, com alguma roubalheira à mistura, passar pela Portagem de Maputo tem sido um martírio. É a isto que nos querem submeter?
Funcionários Públicos marcham em Maputo com camisetas com imagem de Guebuza no Dia Internacional da Função Pública
Em vez que marcharem com camisetas cujas imagens representam a instituição ou outra coisa similar, na data em que se comemorou o Dia Internacional da Função Pública, cá para as bandas da Pérola do Índico, os servidores públicos decidiram render uma inexplicável homenagem ao Presidente Guebuza, desfilando nas ruas da capital moçambicana envergando camisetas estampadas com a fisionomia deste líder.
Quando pensamos que este tipo de veneração tinha passado para a história, eis que algumas xiconhoquices nos surpreendem e nos causam frustração, principalmente porque para a impressão de tais trajes alguém pode ter usado os nossos impostos.
A iniciativa causou, sobremaneira, algum espanto nos leitores sempre atentos ao que se faz na praça. Eles ficaram algo boquiabertos e não era para menos numa situação em que era Guebuza para cá; guia incontornável para lá; como se a data fosse de um exímio criador de patos.
Assim, os nossos leitores não tiveram outra alternativa senão atribuir o título de xiconhoquice ao sucedido, até porque iniciativas desta natureza só podem ser geradas por mentes que habitam no mundo de xiconhocas.
Informações postas a circular dão conta de que a ideia de homenagear o nosso estadista não foi do agrado de todos os servidores públicos. Houve gente que não está apegada ao lambebotismo e que preserva o dever de honrar o seu nome e não permite, de forma alguma, reverenciar-se perante um ser semelhante a ponto de causar irritação nos outros. Xiconhoquices, tais como actos de endeusamento e ovação em público, devem parar.
Desaparecimento de Alberto Vaquina nos media
Alberto Será que já reparam? Num acto incaracterístico, o Primeiro-Ministro moçambicano, Alberto Vaquina, decidiu desaparecer do espaço público. Ele já não muge nem tuge. Por esta alturas, dado o contexto em que o país vive, seria normal o visado recorrer aos media, sobretudo públicos onde tem mais aceitação, para argumentar sobre isto e aquilo.
O sumiço repentino do jovem médico e governante está a criar “sururu” na praça. Por onde ele anda? Alguém o viu por aí e sabe como é que nós, como leitores, podemos dizer-lhe que distanciar-se do país num momento como este é xiconhoquice? Nas redes sociais há muito tempo que se comenta sobre o sumiço do ajudante do Chefe de Estado.
Há quem diga que Alberto Vaquina ainda está a recuperar-se da ressaca causada pela derrota na corrida ao posto de candidato a sucessor do líder do partido no qual milita. Seja qual for o motivo do sumiço, a situação mereceu uma pontuação máxima na lista das xiconhoquices desta semana.
Fonte: A Verdade! Leia aqui!
Fonte: A Verdade! Leia aqui!
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