O académico Brazão Mazula, que foi reitor da Universidade Eduardo Mondlane e também Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), disse em entrevista exclusiva ao Diário da Zambézia que o país está em guerra.
Nesta longa entrevista que Mazula concedeu ao DZ, foram abordados vários aspectos da vida do país que nos próximos tempos poderemos traze-los. Indo concretamente a questão da paz que está ameaçada, a fonte disse que a situação já é preocupante ao avaliar pela forma como as armas tem vindo a ser usadas como forma de acabar com as diferenças. E não só para acabar com as diferenças, mas também os políticos usam estas armas por apetência ao poder quer para se manterem assim como para ascenderem.
Conforme explicou Mazula, o país está em guerra e não vale a pena minimizar, buscando linguagens suaves como conflito político-militar, porque esta fase já passou. Aliás, de acordo com o nosso entrevistado, há bastante tempo que o país saiu do tal conflito político militar para uma situação de guerra. Há guerra, conforme Mazula, naqueles casos em que já não se pode andar via terrestre (como é o caso de Muxungué, Murrotone, etc), os camiões são queimados, as armas são usadas como forma de acabar com um e outro e isso não tem outro nome se não guerra. Mazula lembra com mágoa os malefícios da guerra. “Nós estávamos habituados a viver em paz, apesar da pobreza, mas com isso que estamos a viver, poderemos ser mais pobres”- disse a fonte. Mazula está em Quelimane a dar aulas na Universidade Católica de Moçambique, Faculdade de Ciências Sociais e Políticas.
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