Zelda La Grange numa entrevista à CNN Fotografia © D.R. - vídeo CNN
Zelda la Grange, ex-assistente pessoal de Nelson Mandela, acusou a família do antigo presidente sul-africano de "sórdidas artimanhas" durante os últimos dias da sua vida, numa publicação em que conta a relação de 19 anos com o ícone anti-apartheid.
"Good Morning Mister Mandela" é o título da obra em que a ex-assistente de Nelson Mandela descreve a relação que teve com o líder sul-africano, falecido em dezembro último.
Zelda la Grange, que Nelson Mandela apelidava de "Zeldina", descreve como foram "dolorosos" os últimos dias do antigo presidente sul-africano, que enquanto lutava contra uma longa doença, a família disputava o seu controlo.
O livro, noticiado hoje pelo jornal 'The Sunday Times', mostra como a mulher do líder sul-africano, Graça Machel, foi afastada por alguns membros da família, que a maltratavam.
Nas memórias, que se admite poderem ofender alguns membros da grande tribo de Mandela, a autora refere as lutas da família sobre o funeral de Nelson Mandela anos antes de morrer, um comportamento rejeitado por Graça Machel.
"Não conheço ninguém que tenha sido tratado com tanto desrespeito, como foi Graça Machel", escreve Zelda la Grange, de 45 anos.
A ex-assistente pessoal de Nelson Mandela acrescenta que Graça Machel foi obrigada a obter acreditação para assistir a 15 de dezembro ao funeral do marido.
A filha mais velha do antigo presidente da África do Sul, Makaziwe, disse ao 'The Sunday Times' que a autora do livro vai ter que provar todas as acusações feitas à família, caso contrário será "processada".
"O meu livro não é uma história definitiva. Eu só estou a retratar a minha experiência", disse Zelda la Grange.
DN
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