Na província de Manica
- As acções são levadas a cabo pelos polícias comunitários que são ordenados pelos líderes comunitários e chefes dos bairros
Mais de cinco membros do Movimento Democrático de Moçambique-MDM, no distrito de Sussundenga, província de Manica, viram a suas casas serem destruídas por supostos membros da Frelimo. Segundo António Cesaltino Cigarreta, Presidente da Liga da Juventude desta formação partidária, trata-se de três casas em Catandica e duas no distrito de Sussundenga, este último local os membros do MDM enfrentam grandes dificuldades nas suas realizações. Os motivos de acordo com António Cigarreta, são o içar da bandeira e realização das actividades políticas do Movimento Democrático de Moçambique, partido que tem como líder o engenheiro Daviz Mbepo Simango. Cigarreta, explicou que em Sussundenga o impedimento das suas actividades, é perpetrado principalmente pelo líder do bairro Nhamizara. Este, tem ameaçado constantemente de morte a estes, afirmando que “se vocês trabalharem aqui, ninguém vai sair com vida”, denunciou. Conforme o nosso entrevistado, a confrontação tem sido com todos os líderes comunitários, secretários dos bairros e chefes dos postos, que obrigam para que os simpatizantes do partido MDM peçam autorização ao administrador do distrito para trabalhar.
O presidente da liga da juventude do MDM, frisou que na noite do mesmo dia em que são impedidos de trabalhar, os líderes comunitários e chefes de bairros, ordenam os polícias comunitários para incendiar casas e violentar fisicamente aos seus membros. Aquele dirigente, acrescentou que fora os incêndios e agressões, os filiados do MDM, na província em geral, são perseguidos nas suas instituições de trabalho, com particular enfoque para o sector da Educação onde apresentam mais simpatizantes. A fonte, descreveu que quando os membros do MDM são identificados num determinado sector, os seus patrões, tratam de imediato da sua transferência, o salario do mesmo é falhado de propósito, não se beneficia de progressão de carreira, entre outras regalias. António Cigarreta, funcionário da Educação, citou a ele próprio como exemplo, uma vez que é único na escola onde trabalha, que o salario tem falhado constantemente e sempre que põe documento para a progressão, é recusado. Questionado o que a direcção pensa em relação ao assunto, ele respondeu que o director diz que é a necessidade da educação, precisam de quadros naquelas escolas.
Decifrou que “eu pergunto será que a educação não poderia levar os professores antigos para aquela escola? Tinha que ser apenas uma pessoa porque é do partido da oposição? Que crime cometido para não ter progressão? Sempre que ponho os meus documentos, negam”.
“Pedimos as autoridades para deixar os jovens do MDM trabalhar. Fazer politica não é crime mas perseguir os que estão a fazer política é crime”, finalizou António Cigarreta, presidente da liga juventude do MDM, em Manica.
JORNAL O PLANALTO – 16.06.2014, no Moçambique para todos
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