Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) e uma das figuras incontornáveis no país, proferiu, na última segunda-feira, em Maputo, um discurso “frio” que deixou o Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano “gelado”: “Mesmo reconhecendo as perspectivas de crescimento económico com a entrada de Moçambique na era da indústria extractiva, a sua transformação em recursos que se transformem em receitas públicas e a redução dos níveis de pobreza pouco se reflectem na qualidade da vida dos agregados familiares da maioria da população do país”.
Mais: “Moçambique é um exemplo eloquente de um país com índices de crescimento económico muito acima da média global, com uma média de 7% ao ano durante uma década, porém, com o paradoxo de continuar a registar índices de pobreza extremamente elevados. Quase 60% da população ainda vive abaixo da linha da pobreza. Na verdade, de 2009 para 2012 a pobreza aumentou de 54% a 60%. Uma condição básica para a sobrevivência humana com dignidade, como o acesso à alimentação, está fora do alcance de uma larga percentagem das famílias moçambicanas.”
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