O Governo moçambicano e a Resistência Nacional de Moçambique (Renamo) retomam na próxima segunda-feira as negociações devido à tensão política que o país vive, informou hoje o Gabinete de Comunicação do primeiro-ministro moçambicano.
Moçambique viveu momentos de tensão, após confrontos entre a polícia e antigos guerrilheiros da Renamo terem provocado cinco mortos e vários feridos no centro do país.
Os confrontos deram-se na sequência da invasão pela polícia da sede de uma delegação da Renamo na província de Sofala, centro do país, com o objetivo de dispersar antigos guerrilheiros do movimento.
A concentração dos antigos guerrilheiros é parte do reagrupamento que o partido está a promover, no seguimento da ameaça de inviabilizar as eleições autárquicas de novembro próximo e gerais (presidenciais e legislativas) de 2014.
Em declarações à Lusa na quinta-feira, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, afirmou que o seu partido poderá retirar as condições prévias que impôs no encontro com o Governo no dia 02 de maio para que as duas partes começem logo a discutir as questões principais.
Na reunião do dia 02, a Renamo exigiu a retirada da polícia das imediações da Serra da Gorongosa, a antiga base central do movimento, onde o líder da Renamo se reinstalou em finais do ano passado, em protesto contra a falta de progressos no diálogo com o Governo sobre a situação política do país.
O principal partido da oposição exige igualmente a libertação dos seus membros detidos na invasão à sua delegação, considerando-os "prisioneiros políticos".
Ultrapassadas as questões prévias, a Renamo quer discutir a recomposição da Comissão Nacional de Eleições (CNE), para que o órgão passe a ter uma formação com base na paridade por representantes dos três principais partidos moçambicanos, a integração dos seus oficiais no exército e a despartidarização do Estado.
Lusa
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