Resolvi escrever este pequeno apontamento, estas notas que andam dispersas e confusas na minha cabeça, por algumas razões que eu próprio desconheço e por uma outra que me é por demais evidente: não consigo guardar durante muito tempo o que tenho para dizer.
Vou, então, começar.
Eu não sou um politólogo, não sou versado nessa arte de que se encantam os analistas políticos. Sou apenas um cidadão nacional que escreve uns livros, se o são, de poemas e de prosa poética, faz umas crónicas para alguns jornais pelo prazer que me dá escrever, uns prefácios para algumas publicações quando mos pedem e um pouco mais. Assim, como toda a gente, também vivo a realidade desconcertante do meu País ou do nosso, para que fique melhor escrever, tais como as dificuldades que são maiores para uns, menores para outros e quase nenhumas para alguns. Mas isso, entendo eu, não deve ser só aqui em Moçambique, julgando pelo que a televisão todos os dias nos traz e deixa ver. Creio que o Mundo, no geral, vive um dos momentos mais conturbados da sua história.
No entanto, não posso, a pretexto disso, manter-me indiferente ao que se passa de mal no meu País. Não posso conformar-me, por ser um mal geral, com que anda errado na nossa vida. A consciência que tenho da minha cidadania, é que ela é e deve ser participativa. Em função do que me cobre constitucionalmente, deste modo, para além dos deveres a que me sinto obrigado a respeitar tenho os meu direitos que são por inerência exercer. Sendo assim, também me assiste conscientemente o direito de lutar e trabalhar pelo meu presente e pelo meu futuro para que os que virão depois de mim, sejam meus ou não, possam usufruir de um presente mais digno do que este que agora vivo.
O passado de que me falam, as lutas que nele foram travadas, cantam os livros, dizem os homens seus intervenientes, levantou as bandeiras da liberdade, da soberania, da igualdade, da luta contra a tirania, a exploração e etc., etc. Lutou por um Moçambique como um País soberano e em que os seus cidadãos, todos, pudessem, finalmente, usufruir das suas riquezas. As circunstâncias históricas destes seus poucos anos de independência, todavia, não permitiram que assim o fosse pelas razões que todos sabemos e com as quais, a bem de todos, nos encontramos reconciliados. É bom. É maravilhoso. É gratificante. É nobre.
Saímos de adubar o chão com sangue para a fase de adubar o chão com trabalho e suor e estrume. Enterrámos parte dos nossos mortos, abraçámos com festividade os vivos e resolvemos que nos comprometeríamos, colectivamente e sem excepções, por uma Nação que congregasse e respeitasse as diferenças que é. Passámos do diálogo das armas ao diálogo das línguas e como estas mesmos também se diferenciam, elegemos uma para que nos entendêssemos. Sinal maior de respeito, testemunho grandioso de humanidade.
Com o correr do tempo, temos aprendido que nem sempre temos respeitado isso, nem sempre temos salvaguardado uma das maiores conquistas que fizemos: A PAZ. É uma realidade dura mas é uma realidade inerente a todo o processo de reconstrução. Muitas coisas ainda vamos ter que aprender e é o próprio tempo que se encarregará de o demonstrar. Porém, me parece que ainda não estamos preparados o suficiente para esse processo de aprendizagem. Esse processo de saber ouvir, esse condão de ter coragem de mudar. Mudar é bom quando não é mau. Todos o sabemos e vamos ter que aceitar.
Desse ponto de vista, para o bem do País, para o bem dos moçambicanos, impõe-se que muitas coisas mudem na vida dele e nas nossas vidas. Essa responsabilidade também é colectiva e também é individual, mas é, também e sobretudo, de quem governa. A governação deste País tem que estar mais atenta ao descontentamento do Povo. Às suas aspirações e anseios. À sua vontade de querer ajudar. Ao seu desejo de ser Amanhã.
Eduardo Costley-white , no Facebook
Vou, então, começar.
Eu não sou um politólogo, não sou versado nessa arte de que se encantam os analistas políticos. Sou apenas um cidadão nacional que escreve uns livros, se o são, de poemas e de prosa poética, faz umas crónicas para alguns jornais pelo prazer que me dá escrever, uns prefácios para algumas publicações quando mos pedem e um pouco mais. Assim, como toda a gente, também vivo a realidade desconcertante do meu País ou do nosso, para que fique melhor escrever, tais como as dificuldades que são maiores para uns, menores para outros e quase nenhumas para alguns. Mas isso, entendo eu, não deve ser só aqui em Moçambique, julgando pelo que a televisão todos os dias nos traz e deixa ver. Creio que o Mundo, no geral, vive um dos momentos mais conturbados da sua história.
No entanto, não posso, a pretexto disso, manter-me indiferente ao que se passa de mal no meu País. Não posso conformar-me, por ser um mal geral, com que anda errado na nossa vida. A consciência que tenho da minha cidadania, é que ela é e deve ser participativa. Em função do que me cobre constitucionalmente, deste modo, para além dos deveres a que me sinto obrigado a respeitar tenho os meu direitos que são por inerência exercer. Sendo assim, também me assiste conscientemente o direito de lutar e trabalhar pelo meu presente e pelo meu futuro para que os que virão depois de mim, sejam meus ou não, possam usufruir de um presente mais digno do que este que agora vivo.
O passado de que me falam, as lutas que nele foram travadas, cantam os livros, dizem os homens seus intervenientes, levantou as bandeiras da liberdade, da soberania, da igualdade, da luta contra a tirania, a exploração e etc., etc. Lutou por um Moçambique como um País soberano e em que os seus cidadãos, todos, pudessem, finalmente, usufruir das suas riquezas. As circunstâncias históricas destes seus poucos anos de independência, todavia, não permitiram que assim o fosse pelas razões que todos sabemos e com as quais, a bem de todos, nos encontramos reconciliados. É bom. É maravilhoso. É gratificante. É nobre.
Saímos de adubar o chão com sangue para a fase de adubar o chão com trabalho e suor e estrume. Enterrámos parte dos nossos mortos, abraçámos com festividade os vivos e resolvemos que nos comprometeríamos, colectivamente e sem excepções, por uma Nação que congregasse e respeitasse as diferenças que é. Passámos do diálogo das armas ao diálogo das línguas e como estas mesmos também se diferenciam, elegemos uma para que nos entendêssemos. Sinal maior de respeito, testemunho grandioso de humanidade.
Com o correr do tempo, temos aprendido que nem sempre temos respeitado isso, nem sempre temos salvaguardado uma das maiores conquistas que fizemos: A PAZ. É uma realidade dura mas é uma realidade inerente a todo o processo de reconstrução. Muitas coisas ainda vamos ter que aprender e é o próprio tempo que se encarregará de o demonstrar. Porém, me parece que ainda não estamos preparados o suficiente para esse processo de aprendizagem. Esse processo de saber ouvir, esse condão de ter coragem de mudar. Mudar é bom quando não é mau. Todos o sabemos e vamos ter que aceitar.
Desse ponto de vista, para o bem do País, para o bem dos moçambicanos, impõe-se que muitas coisas mudem na vida dele e nas nossas vidas. Essa responsabilidade também é colectiva e também é individual, mas é, também e sobretudo, de quem governa. A governação deste País tem que estar mais atenta ao descontentamento do Povo. Às suas aspirações e anseios. À sua vontade de querer ajudar. Ao seu desejo de ser Amanhã.
Eduardo Costley-white , no Facebook
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