Já foi considerado o maior palmar do mundo. Num censo realizado em 2003 foi apurada a existência, na província da Zambézia de mais de 15 milhões de coqueiros, mas hoje estima-se que mais de metade desses coqueiros já morreram. Das sete milhões de plantas que ainda restam, umas estão velhas e algumas estão afectadas pela doença do amarelecimento letal do coqueiro, pelo que devem ser abatidas.
Das quatro empresas que se dedicavam à produção de copra, apenas a Madal está a operar a meio gás. No campo, a população está desesperada e os números em nosso poder indicam que cerca de um milhão e meio de pessoas da Zambézia tinham no coco, a sua principal fonte de renda.
A derrocada do coqueiro criou implicações noutros sectores. É que muitas pessoas, desesperadas procuraram “refúgio” nas grandes cidades como Quelimane e Mocuba, ou ainda na cidade de Maputo.
Outras ainda, dedicam-se à pesca mas há aqueles que optam em se dedicar ao abate de mangal para extrair estacas destinadas à venda bem como para a produção do carvão vegetal que é comercializado nos arredores da cidade de Quelimane. O abate do mangal pode, num futuro breve, criar outros desequilíbrios ambientais, sobretudo nas espécies marinhas.
O Governo através de fundos do Millennium Challenge Accaunt (MCA) financiou a realização de diversos trabalhos de maneio e investigação que se traduziram na redução da incidência da doença do amarelecimento letal, e consequente repovoamento através do plantio do coqueiro gigante, espécie tida como tolerante à pragas e doenças.
A implementação de programa piloto e os trabalhos de investigação em curso devolveram a esperança aos camponeses de que afinal, um dia podem voltar a ter o palmar, sobretudo nas áreas abrangidas pelo programa. Com o fim do programa do MCA, fica a incerteza sobre como é que será o futuro, porque conforme explicações colhidas no terreno, caso nada seja feito nos próximos tempos, corre-se o risco de se voltar a perder as poucas plantas que foram replantadas no quadro do projecto.
No global, são 18 milhões de dólares que foram alocados para a realização de trabalhos de maneio e investigação de novas variedades tolerantes a doenças e pragas, prática de culturas alternativas ao coco, treinamento das comunidades para o abate do coqueiro doente ou já velho, replantio de novos coqueiros, entre outras actividades.
Tanto as autoridades ligadas ao Agricultura como do próprio MCA são unânimes na ideia segundo a qual, não obstante não haver ainda resultados conclusivos no campo da investigação, está se agora num bom caminho.
O ideal era que houvesse um segundo compacto de financiamento para se iniciar, imediatamente, a segunda fase do programa que para além das famílias, devia abranger também, o sector privado.
Josef Pudivirt, Gestor do Projecto MCA, considera que a meta inicial prevista pelo programa era reduzir a incidência da doença para dois porcento, mas com os resultados até aqui alcançados ficou claro que é possível reduzir a incidência da doença do amarelecimento letal para níveis de um porcento e nalguns casos para 0,83 porcento, ou seja, abaixo de um porcento, isto na área prevista para a intervenção do programa.
O grande desafio, no entanto, é dar continuidade ao projecto, sobretudo porque os fundos alocados pelo Governo já se esgotaram e o programa financiado pelo MCA já chegou ao fim depois de cumprir cabalmente a missão para a qual havia sido desenhado.
Josef explica que as comunidades foram treinadas no sentido de identificarem as plantas doentes e proceder ao abate assim como continuarem com os replantios, mas deixa um senão; “ Há dificuldades de controlar a doença nas áreas vizinhas das comunidades com o sector privado”.
Na verdade, conforme constatamos no terreno, extensas áreas que outrora pertenciam a empresas como a Madal e Boror ficaram devastadas restando apenas milhares de troncos do coqueiro.
Josef Pudivitr explicou que os troncos dos coqueiros mortos ou por doença ou pela velhice servem de abrigo para as fêmeas da Oryctes - insecto que mata os coqueiros - que depositam os seus ovos facilitando a sua multiplicação. “Portanto, é destes troncos abandonados pelas empresas que surge a grande ameaça da Oryctes, uma praga que é frequente em palmares”.
Notícias. Continue lendo aqui.
A derrocada do coqueiro criou implicações noutros sectores. É que muitas pessoas, desesperadas procuraram “refúgio” nas grandes cidades como Quelimane e Mocuba, ou ainda na cidade de Maputo.
Outras ainda, dedicam-se à pesca mas há aqueles que optam em se dedicar ao abate de mangal para extrair estacas destinadas à venda bem como para a produção do carvão vegetal que é comercializado nos arredores da cidade de Quelimane. O abate do mangal pode, num futuro breve, criar outros desequilíbrios ambientais, sobretudo nas espécies marinhas.
O Governo através de fundos do Millennium Challenge Accaunt (MCA) financiou a realização de diversos trabalhos de maneio e investigação que se traduziram na redução da incidência da doença do amarelecimento letal, e consequente repovoamento através do plantio do coqueiro gigante, espécie tida como tolerante à pragas e doenças.
A implementação de programa piloto e os trabalhos de investigação em curso devolveram a esperança aos camponeses de que afinal, um dia podem voltar a ter o palmar, sobretudo nas áreas abrangidas pelo programa. Com o fim do programa do MCA, fica a incerteza sobre como é que será o futuro, porque conforme explicações colhidas no terreno, caso nada seja feito nos próximos tempos, corre-se o risco de se voltar a perder as poucas plantas que foram replantadas no quadro do projecto.
No global, são 18 milhões de dólares que foram alocados para a realização de trabalhos de maneio e investigação de novas variedades tolerantes a doenças e pragas, prática de culturas alternativas ao coco, treinamento das comunidades para o abate do coqueiro doente ou já velho, replantio de novos coqueiros, entre outras actividades.
Tanto as autoridades ligadas ao Agricultura como do próprio MCA são unânimes na ideia segundo a qual, não obstante não haver ainda resultados conclusivos no campo da investigação, está se agora num bom caminho.
O ideal era que houvesse um segundo compacto de financiamento para se iniciar, imediatamente, a segunda fase do programa que para além das famílias, devia abranger também, o sector privado.
Josef Pudivirt, Gestor do Projecto MCA, considera que a meta inicial prevista pelo programa era reduzir a incidência da doença para dois porcento, mas com os resultados até aqui alcançados ficou claro que é possível reduzir a incidência da doença do amarelecimento letal para níveis de um porcento e nalguns casos para 0,83 porcento, ou seja, abaixo de um porcento, isto na área prevista para a intervenção do programa.
O grande desafio, no entanto, é dar continuidade ao projecto, sobretudo porque os fundos alocados pelo Governo já se esgotaram e o programa financiado pelo MCA já chegou ao fim depois de cumprir cabalmente a missão para a qual havia sido desenhado.
Josef explica que as comunidades foram treinadas no sentido de identificarem as plantas doentes e proceder ao abate assim como continuarem com os replantios, mas deixa um senão; “ Há dificuldades de controlar a doença nas áreas vizinhas das comunidades com o sector privado”.
Na verdade, conforme constatamos no terreno, extensas áreas que outrora pertenciam a empresas como a Madal e Boror ficaram devastadas restando apenas milhares de troncos do coqueiro.
Josef Pudivitr explicou que os troncos dos coqueiros mortos ou por doença ou pela velhice servem de abrigo para as fêmeas da Oryctes - insecto que mata os coqueiros - que depositam os seus ovos facilitando a sua multiplicação. “Portanto, é destes troncos abandonados pelas empresas que surge a grande ameaça da Oryctes, uma praga que é frequente em palmares”.
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