O Ministério da Saúde de Moçambique anunciou hoje a retomada das negociações com os médicos moçambicanos, visando acabar com a greve que os profissionais de saúde observam há nove dias.
Os médicos paralisaram as suas atividades, no dia 10 de maio, em protesto contra a recusa do Governo de aceitar um aumento de 100 por cento de salário e 35 por cento de subsídio de risco, habitação condigna para os profissionais deslocados das suas áreas de residência e aprovação do Estatuto Médico.
Um encontro visando sanar o diferendo laboral foi interrompido pela Associação dos Médicos de Moçambique (AMM), quando o Ministério da Saúde recusou a presença de representantes de pessoal servente, técnicos de laboratório e administrativo na reunião por alegada falta de legitimidade do grupo.
A porta-voz do Ministério da Saúde, Francelina Romão, disse hoje em Maputo que as duas partes reiniciaram as negociações visando pôr cobro à paralisação.
"Recebemos esta manhã uma delegação da AMM, com a qual mantivemos um encontro que esperamos seja frutífero e coloque fim à greve", disse Francelina Romão, sem entrar em pormenores sobre o conteúdo do encontro.
O presidente da Associação Médica de Moçambique, Jorge Arroz, afirmou na segunda-feira que os profissionais de saúde vão prosseguir com a greve "pelo tempo que for preciso para que o Governo satisfaça as exigências da classe".
O efeito da greve tem sido alvo de leituras contraditórias entre ambas as partes, com a Associação Médica a afirmar que os hospitais estão sem médicos e enfermeiros e o Governo a rebater que as unidades de saúde estão a funcionar normalmente.
Lusa
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