Moçambique deverá ser o Estado dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) com maior crescimento económico em 2013 e a Guiné-Bissau poderá suceder-lhe em 2014, nesta posição atingida por Angola em 2012, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI) num relatório publicado sexta-feira.
Segundo as perspectivas económicas do FMI para a África sub-sahariana, uma forte aceleração da economia moçambicana, que passa de um crescimento de 7,5% em 2012 para 8,4% em 2013, coloca o país no primeiro lugar das taxas de crescimento dos países lusófonos esse ano.
Já para Angola, o Produto Interno Bruto (PIB) de Angola cresceu 8,4% em 2012, a quarta maior taxa da região depois da Serra Leoa (19,8%), do Níger (11,2%) e da Côte d’Ivoire (9,8%).
"Angola experimentou uma aceleração visível, sobretudo devido a uma recuperação significativa do sector do petróleo e a uma melhoria da produção elétcrica", escreve a instituição no seu relatório.
Para 2013, e ao contrário da média dos países exportadores de petróleo, cujos crescimentos económicos deverão acelerar moderadamente, a economia angolana deverá abrandar para 6,2%, voltando a acelerar para 7,3% em 2014.
No que toca à Guiné-Bissau, que teve uma recessão de 1,5% em 2012, ano em que sofreu mais um golpe de Estado, o FMI prevê um crescimento de 4,2% em 2013 e de 10,2% em 2014.
No relatório, o FMI escreve que a gradual normalização da actividade económica em países atingidos por crises políticas e conflitos em 2012 - como a Guiné-Bissau e o Mali - está entre os factores que deverão suportar o crescimento económico da região em 2013.
Em relação a Cabo Verde, o único dos lusófonos na categoria dos países de rendimento médio, o FMI prevê um abrandamento do crescimento económico em 2013, de 4,3% para 4,1%, e uma aceleração em 2014, para 4,5%.
Já o crescimento da economia de São Tomé e Príncipe deverá acelerar nos próximos dois anos, de 4,0% em 2012 para 4,5% em 2013 e 6,0% em 2014.
Nas suas conclusões gerais, o relatório do FMI prevê para 2013 e 2014 "uma modesta aceleração" do crescimento económico da África sub-sahariana, para cerca de 5,5%, o que reflecte a melhoria das perspectivas da economia mundial, bem como o resultado, na região, dos investimentos nos sectores virados para a exportação.
RM
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