A Renamo afirmou hoje que a paz está ameaçada no país por aquilo que considera ser uma nova ofensiva do exército moçambicano contra posições do movimento na região centro.
A instabilidade militar que Moçambique tem conhecido nos últimos meses, devido a divergências entre a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) e o governo, em torno da lei eleitoral, conheceu nas últimas semanas um desanuviamento, em consequência de alguns avanços nas negociações que as duas partes vêm mantendo para ultrapassar a crispação.
Mas no fim de semana, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, acusou o exército de ter atacado posições de homens armados do movimento no centro do país.
Hoje, em conferência de imprensa, António Muchanga, porta-voz do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, afirmou que as supostas incursões do governo no centro do país põem em risco o ambiente de paz das últimas semanas, acusando a Frelimo de pretender a confrontação para criar um contexto favorável à fraude nas eleições gerais (presidenciais e legislativas) de 15 de outubro.
"Queremos informar que a paz está ameaçada, porque há duas semanas estão a bombardear a Renamo. (?). Estes actos confirmam a informação segundo a qual a prioridade do Presidente Armando Guebuza é eliminar fisicamente o presidente Afonso Dhlakama", acusou António Muchanga.
Apesar dos ataques do exército, enfatizou o porta-voz do líder da Renamo, o movimento vai continuar a aposta no processo negocial com o governo, visando o alcance de uma solução política em torno do diferendo sobre a lei eleitoral.
"Se a Renamo começar a reagir, poderemos voltar ao pior, porque a resposta será dada em todas as frentes", disse António Muchanga.
O exército moçambicano ainda não se pronunciou sobre a alegada nova ofensiva contra posições da Renamo no centro do país.
Lusa
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