MOÇAMBIQUE e Portugal passaram ontem em revista a cooperação bilateral, na véspera da realização da reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que tem lugar hoje em Maputo.
O assunto foi abordado num encontro ontem à tarde pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Balói e de Portugal, Rui Machete.
Falando depois a jornalistas, o chefe da diplomacia moçambicana disse, sem entrar em detalhes, que ele e o seu homólogo português passaram em revista a situação em Moçambique e as perspectivas que se desenham para o país e também a situação em Portugal, tendo mostrado a sua satisfação pelo progresso que se tem verificado no âmbito económico em Portugal, que está a fazer esforços para sair da crise económica e financeira.
Por seu lado, Rui Machete subscreveu na íntegra as palavras do seu homólogo moçambicano, tendo realçado a troca de impressões entre as duas delegações sobre a cimeira bilateral a realizar-se em Março e que, segundo ele, terá como pano de fundo não só questões económicas, como também relativas à cooperação no domínio da educação e cultura.
Para Rui Machete, a cimeira de Março entre os dois países impõe-se como importante, na medida em que vai dar um impulso muito significativo aos diversos dossiers existentes.
Pronunciando-se sobre as conversações entre o Governo e a Renamo em curso, Machete mostrou-se satisfeito pelos avanços já alcançados, que se traduzem no fortalecimento da segurança no país.
Referindo-se à cooperação no âmbito da CPLP, Machete sublinhou não haver divergências sobre as diversas matérias a serem tratadas ao nível da comunidade, no seio do qual diz haver concordância em muitos aspectos gerais.
Questionado sobre a posição portuguesa relativamente à adesão da Guiné-Equatorial à CPLP, um dos dossiers a serem analisados na reunião de hoje, o governante português, tal como a contraparte moçambicana, remeteram o assunto para o encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo. Contudo, Machete lembrou que há um roteiro que a Guiné-Equatorial deve cumprir e espera que este país cumpra para ser admitido como membro do pleno direito da organização lusófona.
Os chefes da diplomacia da CPLP vão ainda analisar a situação política da Guiné-Bissau, que vive um período de transição após o golpe de Estado há cerca de dois anos, sendo por isso que o seu Governo, chefiado por Rui de Barros, não é reconhecido pela organização que congrega oito países, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
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