Por Jorge Pessoal e Silva
A grande novidade da lista de convocados que o selecionador João Chissano vai divulgar para o jogo amigável com Angola, dia 5 de Março, em Maputo, chama-se... Faisal Bangal. Quem? Vamos explicar.
Faisal Bangal, 19 anos, ponta de lança, é um dos jovens jogadores de quem se fala neste momento em Itália. Até o prestigiado Gazzeta dello Sport lhe dedicou quase uma página. Joga na equipa B do Atalanta e está a dar nas vistas pelos golos que marca: cinco nos últimos quatro jogos da chamada Liga Primavera, competição utilizada pelas equipas B italianas rodarem os seus jovens jogadores, na antecâmera da equipa principal.
Faisal Bangal nasceu no Chimoio em 1995, viveu depois em Catandica, onde jogava à bola com um tio nas traseiras de casa. Vivia com a avó e, quando esta morreu, foi para Bergamo, Itália, viver com a mãe. Estavamos em Dezembro de 2004, ia fazer 10 anos, e dias depois começava a jogar num clube local. Poucos meses depois, ligaram para o Atalanta: «Temos aqui um talento, querem observá-lo?». A resposta foi sim, Faisal Bangal fez testes e já não mais deixou o Atalanta. Fez ali toda a formação e, aos 19 anos, já foi chamado para estágio, treinos e jogos amigáveis da equipa principal. Para competir, está na equipa B e vai-se afirmando como o melhor marcador da Liga Primavera e a ser decisivo na liderança confortável da sua equipa.
A Federação Moçambicana de Futebol já entrou em contacto consigo a manifestar o desejo de contar consigo nos Mambas?
- Já. Houve um contacto preliminar de um agente FIFA moçambicano, o senhor Zuneid Sidat, depois ligou-me o presidente da Federação a manifestar tal desejo. Querem contar comigo já para um jogo contra Angola.
Que respondeu?
- Disse sim na hora e com muita alegria e orgulho. Só me pediram os dados do passaporte, algumas informações e disseram que iriam mandar a convocatória para o Atalanta. Mal vejo a hora de me juntar à Selecção de Moçambique.
Estando há nove anos em Itália, não se sentiu dividido ao ter de tomar uma opção?
- Nunca. Em primeiro lugar, esclareço que eu tenho apenas a nacionalidade moçambicana, nunca tratei da italiana, embora já o pudesse fazer. Em segundo lugar, nunca fui chamado pela federação italiana para qualquer das seleções jovens de Itália. Por último, mesmo que me chamassem, desde que Moçambique dissesse que precisava de mim eu diria sempre sim ao meu País.
A Bola
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