AS obras de reposição da protecção costeira na cidade de Maputo decorrem a um ritmo considerado bom, havendo garantias de que os trabalhos serão concluídos dentro do prazo estabelecido, ou seja, até Maio do próximo ano.
Neste momento, a empreitada, em curso há cerca de pouco mais de um ano, está mais concentrada nos primeiros sete quilómetros, onde estão a ser construídos quatro dos sete novos quebra-marés. Estas estruturas têm a finalidade de reduzir o impacto das ondas na costa. Por outro lado, está-se a repor os taludes a partir da zona da ponte-cais em direcção à Costa do Sol.
Os quatro quebra-marés, também designados de esporões, estão a ser montados entre o Clube Marítimo e a parte frontal do Mercado Tara.
Victor Fonseca, vereador municipal de Infra-Estruturas, garantiu ao “Notícias” que a reconstrução da barreira decorre a bom ritmo e dentro do planificado, mantendo-se o prazo estabelecido para a sua conclusão, em Maio do próximo ano.
Os trabalhos foram adjudicados em Setembro do ano passado ao consórcio luso-angolano MCA Group JV/RME envolvendo pouco mais de 20 milhões de dólares norte-americanos.
Além do paredão de protecção e dos sete esporões de até 200 metros de cumprimento, a obra, financiada pelo Fundo Saudita de Desenvolvimento, Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) e Estado moçambicano, prevê a introdução de pedregulhos e solos entre a barreira e o mar, aumentando-se desta forma a extensão da praia.
O projecto contempla ainda o reforço do revestimento com mangais a partir do quilómetro dez, na zona do Restaurante Costa do Sol, até ao bairro dos Pescadores.
Parte dos solos a serem depositados entre a barreira e a água resultarão da dragagem do canal de acesso ao Porto de Maputo que serão posteriormente transportados por barcos e/ou bombeados para a área. O volume de solos a ser movimentado do canal é estimado em um milhão de metros cúbicos, de acordo com dados apresentados pelo Conselho Municipal.
De salientar que a reposição e modernização da barreira de protecção costeira já foi apontada como “uma das mais importantes obras estruturais do município”, visto que o estado actual de destruição ameaça empreendimentos existentes ao longo daquela zona nobre da cidade.
Das projecções feitas, a empreitada já teria sido concluída, caso o arranque das actividades não tivesse sido inviabilizado em 2011 pelas revoluções no mundo árabe, concretamente na Líbia e Egipto, donde vinha parte do financiamento e consultoria, respectivamente.
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