O Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM) disse estar na posse do relatório preliminar da investigação das causas que levaram a queda do avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que vitimou 33 pessoas (27 passageiros e seis membros da tripulação).
A aeronave, voo TM470, que seguia com destino a Luanda, capital angolana, despenhou na tarde de 29 de Novembro na região norte da Namíbia, no Parque Nacional de Bwabwata, vitimando todos os que iam a bordo.
O presidente do Conselho de Administração (PCA) do INAM, João Abreu, que falava em conferência de imprensa na tarde de sábado em Maputo, disse que o relatório preliminar, quase concluído, mostra ter havido o que chamou de clara intenção sem no entanto explicar a essência da conclusão.
A comissão de investigação concluiu que todas as acções observadas nas gravações requerem um conhecimento dos sistemas automáticos do avião, uma vez que toda a descida foi executada em piloto automático ligado. Isto denota uma clara intenção. A razão para todas estas acções é desconhecida e a investigação prossegue, disse Abreu.
No entanto, recorrendo as informações extraídas dos gravadores enviados aos laboratórios do National Transport Safety Board (NTSB) em Washington DC para efeitos de transcrição e leitura, as informações retiradas das caixas negras revelaram o que o voo operou normalmente a nível cruzeiro de 38 mil pés, e tinha uma boa comunicação com o controlo da área de Gaberone, Botswana.
Os dados do radar revelaram que na posição EXEDU, ponto de relatório obrigatório de informação na região de Gaberone, o avião começou a descer repentinamente do nível do voo normal de cruzeiro de 38 mil pés. O centro de controlo perdeu contactos de radar e voz, daí encetadas buscas e salvamento que conduziram a localização dos destroços no Parque Nacional de Bwabwata.
O avião caiu com o piloto aceso e disse ainda desconhecer as razões que teriam originado esta atitude. O co-piloto teria, na ocasião, abandonado a cockpit e quando tudo aconteceu ele estava ausente, revelou o presidente.
João Abreu disse reiteradamente que a aeronave voava em condições normais sem nenhuma deficiência mecânica detectada.
Minutos antes do despenhamento, segundo Abreu, o co-piloto deixou o cockpit para os lavabos, tendo permanecido no cockpit apenas o comandante, na circunstância Hermínio dos Santos.
A selectora de altitude foi manualmente actuada três vezes de 38 mil pés para uma altitude de 592 pés abaixo do nível do solo.
A selectora de potência (autothrottle) foi manualmente accionada e as manetes de potência reduziram automaticamente para o regime de relanti (em idle). A selectora de velocidade foi manualmente accionada várias vezes até ao máximo previsto e permaneceu na velocidade máxima do limite de operação VMO, acrescentou a fonte.
Os parâmetros do manípulo dos freios aerodinâmicos indicam que foi accionado para abrir os painéis dos spoilers, superfícies de resistência aerodinâmica, e mantiveram-se nesta posição até ao fim das gravações dos parâmetros, prova de que a manete foi manualmente comandada.
Durante estas acções foram audíveis toques de alerta de baixa e alta intensidade bem como repetidas pancadas na porta como solicitação de entrada no cockpit, sublinhou João Abreu, anotando que todas as investigações prosseguem.
(AIM)
A aeronave, voo TM470, que seguia com destino a Luanda, capital angolana, despenhou na tarde de 29 de Novembro na região norte da Namíbia, no Parque Nacional de Bwabwata, vitimando todos os que iam a bordo.
O presidente do Conselho de Administração (PCA) do INAM, João Abreu, que falava em conferência de imprensa na tarde de sábado em Maputo, disse que o relatório preliminar, quase concluído, mostra ter havido o que chamou de clara intenção sem no entanto explicar a essência da conclusão.
A comissão de investigação concluiu que todas as acções observadas nas gravações requerem um conhecimento dos sistemas automáticos do avião, uma vez que toda a descida foi executada em piloto automático ligado. Isto denota uma clara intenção. A razão para todas estas acções é desconhecida e a investigação prossegue, disse Abreu.
No entanto, recorrendo as informações extraídas dos gravadores enviados aos laboratórios do National Transport Safety Board (NTSB) em Washington DC para efeitos de transcrição e leitura, as informações retiradas das caixas negras revelaram o que o voo operou normalmente a nível cruzeiro de 38 mil pés, e tinha uma boa comunicação com o controlo da área de Gaberone, Botswana.
Os dados do radar revelaram que na posição EXEDU, ponto de relatório obrigatório de informação na região de Gaberone, o avião começou a descer repentinamente do nível do voo normal de cruzeiro de 38 mil pés. O centro de controlo perdeu contactos de radar e voz, daí encetadas buscas e salvamento que conduziram a localização dos destroços no Parque Nacional de Bwabwata.
O avião caiu com o piloto aceso e disse ainda desconhecer as razões que teriam originado esta atitude. O co-piloto teria, na ocasião, abandonado a cockpit e quando tudo aconteceu ele estava ausente, revelou o presidente.
João Abreu disse reiteradamente que a aeronave voava em condições normais sem nenhuma deficiência mecânica detectada.
Minutos antes do despenhamento, segundo Abreu, o co-piloto deixou o cockpit para os lavabos, tendo permanecido no cockpit apenas o comandante, na circunstância Hermínio dos Santos.
A selectora de altitude foi manualmente actuada três vezes de 38 mil pés para uma altitude de 592 pés abaixo do nível do solo.
A selectora de potência (autothrottle) foi manualmente accionada e as manetes de potência reduziram automaticamente para o regime de relanti (em idle). A selectora de velocidade foi manualmente accionada várias vezes até ao máximo previsto e permaneceu na velocidade máxima do limite de operação VMO, acrescentou a fonte.
Os parâmetros do manípulo dos freios aerodinâmicos indicam que foi accionado para abrir os painéis dos spoilers, superfícies de resistência aerodinâmica, e mantiveram-se nesta posição até ao fim das gravações dos parâmetros, prova de que a manete foi manualmente comandada.
Durante estas acções foram audíveis toques de alerta de baixa e alta intensidade bem como repetidas pancadas na porta como solicitação de entrada no cockpit, sublinhou João Abreu, anotando que todas as investigações prosseguem.
(AIM)
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