O mundo inteiro está a celebrar a vida e obra de Nelson Rolihlahla Mandela, falecido na última quinta-feira, dia 5 de Dezembro de 2013. Trata-se de um dos seres humanos mais exemplares do mundo, a figura que foi capaz de transformar o ódio em amor, a figura que soube transformar inimigos em parceiros, a figura que granjeou a simpatia e admiração de todo o mundo devido ao seu e...levado altruísmo e magnanimidade.
Nelson Mandela foi a figura-modelo dos séculos 20 e 21, a figura que se impôs a nível mudial pela sua extraordinária simplicidade e humanismo, a figura que tratou a todos por igual.
Nelson Mandela viveu 95 anos, dos quais 27 passados na cadeia. Foram anos quase que inteiramente dedicados à causa patriótica, dedicados à luta pela libertação do povo sul-africano do jugo do apartheid e pela igualdade de direitos entre os povos de todo o mundo.
Mandela é daquelas figuras míticas que só aparecem de 100 em 100 anos, figuras insignes que dignificam seus povos pela extraordinária contribuição que dão para a valorização da espécie humana.
Prémio Nobel da Paz de 1993, Mandela é imensamente inspirador para todas as gerações de líderes, sobretudo para os líderes que gostam de liderar pelo exemplo, os líderes que contam para os seus povos e comunidades.
O exemplo de Mandela, quanto a nós, é apenas comparável à vida e obra de Jesus Cristo, o homem que sofreu todo o tipo de humilhações, vexames e torturas mas que, incrivelmente,não guardou ódio nem vingança contra ninguém; o homem que passou por todos os perigos reais e imaginários mas que, incrivelmente, nunca se queixou contra nada, antes pelo contrário, demonstrou amor profundo e respeito por todos os seres humanos.
Não é por acaso que todo o mundo se rende e se inclina perante a figura gigante de Nelson Mandela, figura ímpar da história da humanidade. Não é por acaso que as bandeiras de todo o mundo estão à meia haste em homenagem a este gigante da humanidade. Não é por acaso que, embora tardiamente, a bandeira de Moçambique estará a meia haste durante seis dias a partir do dia 10 de Dezembro corrente.
O que resta ao mundo e, em especial aos sul-africanos e nós moçambicanos, é pegarmos no exemplo de persistência, resiliência, dedicação e amor que Nelson Mandela nos deixou e fazer desse exemplo o combustível essencial para fazer avançar a máquina da construção democrática das nossas nações, expurgando do nosso seio o ódio, a vingança e a inveja, para dar lugar ao amor, cooperação e ajuda mútua, elementos fundamentais para a harmonia e paz entre seres humanos.
Contrariamente aos que pensam que a morte de Mandela significa fim da unidade nacional na Africa do Sul, nós somos de opinião de que o povo sul-africano tem motivos de sobra para reforçar a sua unidade nacional em torno dos ideais altruistas e inspiradores de Nelson Mandela. O povo sul-africano não se vai dividir mas, antes pelo contrário, vai se unir cada vez mais porque possui o exemplo de Mandela como uma lição imortal de unidade e amor pelo próximo, uma lição de que só unidos os povos vencem os seus inimigos e alcançam a prosperidade e bem-estar geral, tal como os sul-africanos estão a experimentar neste momento, na esteira da luta de Mandela e outros nacionalistas.
Portanto, não há motivos para desunião e lutas intestinais mas, antes pelo contrário, há motivos de sobra para uma maior unidade nacional entre os sul-africanos em homenagem a um homem que lutou e aceitou o preço da sua própria vida para preservar a igualdade e a unidade entre os sul-africanos.
Nós também cá, devemos aprender do exemplo de Mandela para gerir com paciência, inclusão e espírito de uniade os destinos do nosso País. Devemos dialogar mais entre nós, considerarmo-nos mais entre nós e colaborarmos mais entre nós. Isso significa maior abertura, sobretudo do Governo, para acolher opiniões de todos os moçambicanos sobre como construir melhor o nosso País.
Governo fechado é Governo isolado ao passo que Governo dialogante e aberto é Governo que beneficia da colaboração voluntária de todas as camadas sociais.
Mandela ensinou, na Africa do Sul, como se faz um Governo aberto e inclusivo. Devemos reresgatar tais lições para consertar a nossa situação interna, que atravessa momentos turbulentos e complicados caracterizados pela quebra da paz e reinício das hostilidades militares no Centro do País.
Devemos aprender de Mandela a encontrar soluções criativas e duradoiras.
Nossa homenagem profunda ao gigante mundial, Nelson Rolihlahla Mandela!
Salomão Moyana, Facebook
No comments:
Post a Comment