A embaixadora da África do Sul em Lisboa mostrou-se esta sexta-feira «espantada» pela reação dos portugueses à morte de Nelson Mandela, atenuando a «profunda tristeza».
Em declarações à Lusa, Keitumetse Matthews frisou tratar-se de uma grande perda para a África do Sul, mas «ainda maior para o Mundo» porque o antigo estadista sul-africano «era um exemplo para todo e qualquer ser humano».
Já com a bandeira a meia haste e três velas - duas delas com o sorriso de Mandela estampado - a arderem à porta do número 10 da Rua Luís Bívar, nas avenidas novas, em Lisboa, algumas pessoas começaram a aproveitar para deixar mensagens no livro de condolências, a partir das 14:00, bem como depositar ramos de flores.
O líder do PS, António José Seguro, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, acompanhada pela deputada Helena Pinto, também o fizeram, cumprimentando a representante da África do Sul. Os corpos diplomáticos de Iraque, Marrocos ou Bielorrússia foram outros dos presentes.
«Obviamente, estou muito triste. [Mandela] Era da família de toda a gente, muito próximo de todos. Amamo-lo profundamente, mas é uma mistura de tristeza e de celebração. A sua vida tem de ser celebrada porque foi vivida intensamente. O tempo depois da prisão foi uma vida em cheio. Temos de celebrar porque o seu legado tem de permanecer o mais possível», disse a diplomata sul-africana.
Matthews, há quase três anos no posto, lembrou que «Portugal tinha um movimento anti-apartheid» e que o líder sul-africano do movimento rebelde de então, Oliver Tambo, visitou Lisboa «no pico da luta», algo que considerou ter sido «muito importante» e «merecedor de reconhecimento, pois muita gente não o sabe».
«Estamos muito contentes, muito felizes, com a resposta que nos deram. Muito obrigado. Estou espantada com a resposta. Têm sido tantos telefonemas e mensagens de toda a parte em Portugal. Os media têm sido excelentes, com documentários, televisões, rádios, todos a relatar a vida dele, sobre a situação na África do Sul, antes e depois... É um reconhecimento que tenho de dar a Portugal pela solidariedade demonstrada», afirmou.
«Rest in Peace, Madiba» (descansa em paz e o nome do clã Thembo a que Mandela pertencia) ou um simples «Thanks» (obrigado) são várias das inscrições deixadas na à entrada da embaixada.
A morte de Nelson Mandela, aos 95 anos, foi anunciada na quinta-feira à noite pelo Presidente da República da África do Sul, Jacob Zuma, motivando de imediato reações de pesar a nível mundial.
«A nossa nação perdeu o maior dos seus filhos», disse Zuma, que anunciou hoje que o funeral de Estado de Mandela se realizará a 15 de dezembro.
O Comité Nobel norueguês considerou Nelson Mandela, que esteve preso quase trinta anos pela sua luta contra o regime apartheid da África do Sul, «um dos maiores nomes da longa história dos prémios Nobel da Paz».
Mandela foi o primeiro Presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999.
TVI 24
Em declarações à Lusa, Keitumetse Matthews frisou tratar-se de uma grande perda para a África do Sul, mas «ainda maior para o Mundo» porque o antigo estadista sul-africano «era um exemplo para todo e qualquer ser humano».
Já com a bandeira a meia haste e três velas - duas delas com o sorriso de Mandela estampado - a arderem à porta do número 10 da Rua Luís Bívar, nas avenidas novas, em Lisboa, algumas pessoas começaram a aproveitar para deixar mensagens no livro de condolências, a partir das 14:00, bem como depositar ramos de flores.
O líder do PS, António José Seguro, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, acompanhada pela deputada Helena Pinto, também o fizeram, cumprimentando a representante da África do Sul. Os corpos diplomáticos de Iraque, Marrocos ou Bielorrússia foram outros dos presentes.
«Obviamente, estou muito triste. [Mandela] Era da família de toda a gente, muito próximo de todos. Amamo-lo profundamente, mas é uma mistura de tristeza e de celebração. A sua vida tem de ser celebrada porque foi vivida intensamente. O tempo depois da prisão foi uma vida em cheio. Temos de celebrar porque o seu legado tem de permanecer o mais possível», disse a diplomata sul-africana.
Matthews, há quase três anos no posto, lembrou que «Portugal tinha um movimento anti-apartheid» e que o líder sul-africano do movimento rebelde de então, Oliver Tambo, visitou Lisboa «no pico da luta», algo que considerou ter sido «muito importante» e «merecedor de reconhecimento, pois muita gente não o sabe».
«Estamos muito contentes, muito felizes, com a resposta que nos deram. Muito obrigado. Estou espantada com a resposta. Têm sido tantos telefonemas e mensagens de toda a parte em Portugal. Os media têm sido excelentes, com documentários, televisões, rádios, todos a relatar a vida dele, sobre a situação na África do Sul, antes e depois... É um reconhecimento que tenho de dar a Portugal pela solidariedade demonstrada», afirmou.
«Rest in Peace, Madiba» (descansa em paz e o nome do clã Thembo a que Mandela pertencia) ou um simples «Thanks» (obrigado) são várias das inscrições deixadas na à entrada da embaixada.
A morte de Nelson Mandela, aos 95 anos, foi anunciada na quinta-feira à noite pelo Presidente da República da África do Sul, Jacob Zuma, motivando de imediato reações de pesar a nível mundial.
«A nossa nação perdeu o maior dos seus filhos», disse Zuma, que anunciou hoje que o funeral de Estado de Mandela se realizará a 15 de dezembro.
O Comité Nobel norueguês considerou Nelson Mandela, que esteve preso quase trinta anos pela sua luta contra o regime apartheid da África do Sul, «um dos maiores nomes da longa história dos prémios Nobel da Paz».
Mandela foi o primeiro Presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999.
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