Embora seja o pré-candidato com mais experiência de governação – entrou no Governo em 1995 como vice-ministro da Agricultura –, José Pacheco tem um passado com acções que comprometem os seus sonhos de ser o Chefe do Estado. Em 1998, como governador de Cabo Delgado, houve morte de 150 membros da Renamo por asfixia nas celas onde estavam detidos, em Montepuez, por protestarem os resultados das eleições gerais de 1999.
Ainda em Cabo Delgado, Pacheco foi associado à compra, pelo governo provincial, de viaturas “quentes”.
Como ministro do Interior, já no Governo de Armando Guebuza, José Pacheco foi recebido com o crime violento e a execução sumária de elementos da polícia – a maioria da brigada Mamba – e quadrilhas perigosas, com operacionais como Mário Mandonga e Agostinho Chaúque.
A 1 e 2 de Setembro de 2010, uma manifestação violenta sacudiu as cidades de Maputo e da Matola. Pacheco, impaciente, chamou os manifestantes “vândalos” e marginais, o que reacendeu a manifestação e contestação ao Governo, além de debates acalorados desencadeados. Na mesma aparição, Pacheco negou que a polícia tivesse usado balas verdadeiras. O saldo das manifestações foi de 15 mortos pela polícia e mais de 100 feridos. O caso do menino Hélio – baleado mortalmente pela polícia quando regressava da escola – foi o mais dramático.
No comments:
Post a Comment