Moçambique é um país que pouco se preocupa em produzir bens materiais, alimentos e serviços para o bem-estar das suas populações. Não há políticas públicas eficientes para incentivar a produção. Não aproveita as condições agroclimáticas favoráveis para melhorar a produção. O País importa produtos que bem poderiam ser produzidos localmente. É constrangedor ver comboios de camiões cruzam, todos os dias, as fronteiras nacionais em busca de tomate, cebola, etc., que, com um pouco mais de empenho, poderiam ser produzidos entre nós. O que está errado não é a falta de recursos, mas, a ausência de políticas públicas arrojadas e exequíveis.
Como o País não produz, por exemplo, na cidade da Beira, um quilograma de tomate, importado da África do Sul e do Zimbabwe, custa, ao consumidor, 100 meticais. Um tomate raquítico custa 10 meticais Os métodos de produção dos camponeses são insuficientes de abastecer os mercados para além da época normal de produção. Apesar de o País possuir as mesmas condições agroclimáticas da África do Sul e Zimbabwe, não produz o suficiente para o seu consumo.
Moçambique recebe montanhas de dinheiro tanto da comunidade doadora quanto do Orçamento do Estado, mas, não produz. É um paradoxo um país que se diz, basicamente, agrícola, porém, passa o tempo todo a importar cereais. O que está mal nas políticas domésticas? É tempo do povo exigir responsabilidades. Não basta vencer as eleições. É preciso trabalhar.
Não há represas e diques para reter águas dos rios e das chuvas que se perdem no mar, a represas, fim de regar machambas. O País tem cerca de 60 rios de água com curso permanente, mas, a estiagem fustiga as machambas e, neste momento, as culturas estão perdidas. O gado vai ressentir-se da falta da chuva. Não é razoável que 35 anos depoi da Independência, Moçambique continue a depender da bondade da natureza.
Quando chove, está tudo mal. Quando não chove, todos levam as mãos à cabeça e o governo é o maior mobilizador dos camponeses para trocarem seus animais por comida, ao invés de pensar como resolver o problema pela raiz, o que passa pela proibição de exportar a Madeira em bruto, construir diques, represas, açudes e barragens para a irrigação das machambas. A solução não é trocar cabritos, galinhas por farinha. Não é promover peditórios internacionais de comida.
Enquanto não haver seriedade e a agricultura depender da chuva e da enxada de cabo curto, o País vai continuar sempre com défice alimentar. Olhar para o investimento estrangeiro como se fosse uma varinha mágica, é uma utopia. O caminho é a formação do moçambicano.
Um povo que não produz alimentos para si, não tem que se orgulhar. O orgulho de qualquer povo reside no estômago. Um povo faminto não pode ser soberano. Um governo que não serve bem o povo, de nada vale.
Deveríamos saber tão bem produzir alimentos e outros bens assim como sabemos dançar a marrabenta , xingombela, marimba, xikwinimbira, makwaia, makwaela, nhau e mapiko.
Como o País não produz, por exemplo, na cidade da Beira, um quilograma de tomate, importado da África do Sul e do Zimbabwe, custa, ao consumidor, 100 meticais. Um tomate raquítico custa 10 meticais Os métodos de produção dos camponeses são insuficientes de abastecer os mercados para além da época normal de produção. Apesar de o País possuir as mesmas condições agroclimáticas da África do Sul e Zimbabwe, não produz o suficiente para o seu consumo.
Moçambique recebe montanhas de dinheiro tanto da comunidade doadora quanto do Orçamento do Estado, mas, não produz. É um paradoxo um país que se diz, basicamente, agrícola, porém, passa o tempo todo a importar cereais. O que está mal nas políticas domésticas? É tempo do povo exigir responsabilidades. Não basta vencer as eleições. É preciso trabalhar.
Não há represas e diques para reter águas dos rios e das chuvas que se perdem no mar, a represas, fim de regar machambas. O País tem cerca de 60 rios de água com curso permanente, mas, a estiagem fustiga as machambas e, neste momento, as culturas estão perdidas. O gado vai ressentir-se da falta da chuva. Não é razoável que 35 anos depoi da Independência, Moçambique continue a depender da bondade da natureza.
Quando chove, está tudo mal. Quando não chove, todos levam as mãos à cabeça e o governo é o maior mobilizador dos camponeses para trocarem seus animais por comida, ao invés de pensar como resolver o problema pela raiz, o que passa pela proibição de exportar a Madeira em bruto, construir diques, represas, açudes e barragens para a irrigação das machambas. A solução não é trocar cabritos, galinhas por farinha. Não é promover peditórios internacionais de comida.
Enquanto não haver seriedade e a agricultura depender da chuva e da enxada de cabo curto, o País vai continuar sempre com défice alimentar. Olhar para o investimento estrangeiro como se fosse uma varinha mágica, é uma utopia. O caminho é a formação do moçambicano.
Um povo que não produz alimentos para si, não tem que se orgulhar. O orgulho de qualquer povo reside no estômago. Um povo faminto não pode ser soberano. Um governo que não serve bem o povo, de nada vale.
Deveríamos saber tão bem produzir alimentos e outros bens assim como sabemos dançar a marrabenta , xingombela, marimba, xikwinimbira, makwaia, makwaela, nhau e mapiko.
Por Edwin Hounnou, Diário Independente - 04/03/10 - n°478
1 comment:
Nao existe justificacao para o facto de termos um pais improdutivo.
Deste muito jovem, esta sempre foi uma das minhas maiores preocupacoes e sempre questionei tudo isto.
Nunca consegui compreender porque nao conseguiamos produzir batata, cebola, tomate, etc suficiente para satisfazer as necessidades do mercado e populacao.
Nao compreendo porque quase tudo tem de ser importado a precos proibitivos para a maioria da populacao.
Mocambique tem muita terra desocupada,solo fertil, gente desempregada que poderia ser formada para lavrar esses terrenos e produzir todo o genero de alimentos que possam saciar a procura ou o mercado.
Também acho que se deveria de apostar na criaçao de mais industria.
Esta situacao ja nao se justifica, especialmente com o facto da guerra ja ter acabado ha bons anos.
Maria Helena
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