Monday, 22 March 2010

Governo moçambicano já não quer aprender a pescar


Os países doadores (são dezanove no total) - que têm contribuído com cerca de 346 milhões de euros para o Orçamento Geral do Estado (OGE) de Moçambique - condicionam, segundo a agência Lusa, os próximos apoios à futuras reformas políticas pelo Executivo de Armando Guebuza.
Esta atitude da Comunidade Internacional é (digo eu, pois claro!) uma forma da mesma manifestar o seu descontentamento face ao facto de os ricos deste País pobre (?), que é Moçambique, estarem indiferentes à corrupção e outros fenómenos de que enferma àquela sociedade.
Acho muito bem que a Comunidade Internacional não mais dê dinheiro ao Governo moçambicano. Porquê? Por que Moçambique é, quanto a mim, um País (extremamente) rico.
Penso que a Comunidade Internacional não deveria dar peixe ao Governo moçambicano. Deveria, isto sim, ensiná-lo a pescar. É que de tanto peixe que lhe tem sido dado, o Governo moçambicano já não quer aprender a pescar.
A miséria franciscana que existe em Moçambique deve-se, salvo melhor opinião, à própria Comunidade Internacional, que, em muitos casos, em troca de um chouriço exige um porco.

Moçambique é um dos maiores países da lusofonia em termos de extensão territorial. Tem terras e mar que nunca mais acabam. É um País que tem tudo (e mais alguma coisa) para dar à volta por cima e deixar de estar dia sim, dia também de mãos estendidas para a caridade da Comum idade Internacional.
Espero, pois, que o Governo moçambicano encontre uma solução para que a Lusofonia deixe de ser humilhada.


Jorge Eurico, Noticias Lusofonas
jorgeeurico@noticiaslusonas.com
11.03.2010

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