– consideram organizações da sociedade civil |
João Mutombene, da Associação Cristã para o Desenvolvimento Comunitário (ACREDEC), disse que a questão do conflito de terras em Moçambique é uma realidade, sendo urgente a tomada de medidas para mudar este cenário. Na sua opinião, não é verdade que todos os moçambicanos têm direito à terra. Segundo explicou, a terra em Moçambique é para as ditas elites políticas. Ele afirmou que a política aplicada em Moçambique é a de os pobres se tornarem cada vez mais pobres e os ricos se tornarem cada vez mais ricos. Para Mutombene, a lei diz uma coisa e na prática acontece o oposto. “Nós dizemos que a terra não deve ser vendida, mas todo o mundo está a comprar a terra. Até existem instituições do Estado que vendem e compram terra”, segundo Manuel de Araújo No Índice Internacional dos Direitos de Propriedade 2010 (IPRI), elaborado pelo Centro de Estudos Moçambicanos e Internacionais (CEMO) de entre as 125 nações avaliadas, no que diz respeito à área Jurídica e Ambiente Político, Moçambique está classificado na 80.ª (octagésima) posição; na área dos Direitos de Propriedade Física, está classificado na 108.ª (centésima oitava) posição; e na área dos Direitos de Propriedade Intelectual, está classificado na 95.ª (nonagésima quinta) posição. |
Maputo (Canalmoz) – A actual Lei de Terras foi debatida por organizações da sociedade civil, em Maputo. Nesse debate concluiu-se que a mesma existe apenas no papel, como letra morta e não é implementada. Aliás, aquilo a que se tem assistido é a inúmeros conflitos de terras, os quais tendem a tomar proporções alarmantes, com a agravante de os conflitos serem, na maior parte dos casos, originados por pessoas da chamada elite política nacional. Manuel de Araújo, presidente do CEMO, disse que o relatório reflecte a realidade, e acrescentou que o relatório é para criar debate. Sobre a questão do conflito de terras, ele considera que o primeiro problema está na concepção da própria lei: “Temos uma lei de uso e aproveitamento e não de propriedade. Ela não dá ao cidadão a prerrogativa de poder possuir. Não precisamos de ir para o oposto, que seria a privatização, mas penso que Moçambique deveria ter uma sistema de classificação de terras, e, sobre algumas terras, as pessoas podiam ter a possibilidade de possuírem a propriedade desta terra”. Ele frisou que isso obrigaria a mexer na Constituição, porque a maior parte das pessoas tem como única riqueza a terra. Se essa riqueza pudesse ser usada como colateral, como instrumento para conseguir fundos de financiamento, estaríamos a valorizar a terra. Segundo Manuel de Araújo, a Lei de Terras tem aspectos que precisam de ser ajustados: “Nós dizemos que a terra não deve ser vendida, mas todo o mundo está a comprar a terra. Até existem instituições do Estado que vendem e compram terra”.
(Matias Guente, CANALMOZ, 09/03/10) |
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