A economia de Moçambique está a crescer muito acima da média regional, dado que os investidores internacionais continuaram a apostar no país, mas Moçambique tem de melhorar mais o ambiente de negócios, de acordo com o gabinete de estudos do Banco Português de Investimentos (BPI).
“O principal catalisador para o desempenho de Moçambique foi a sua capacidade de manter os investimentos no país, apesar do contexto adverso global, o que mostra a confiança dos investidores estrangeiros no futuro desenvolvimento do país”, diz o BPI, no seu mais recente relatório sobre a economia moçambicana.
De acordo com as últimas projecções, a economia cresceu 4,5 por cento em 2009, abrandando em relação a 2008 (6,8 por cento) e à média dos últimos três anos (7,5 por cento). Porém, o desempenho ficou muito acima da média da África sub-sahariana do ano passado (1,3 por cento), e o mesmo deverá acontecer este ano (previsão de 4,1por cento). Apesar do nível de investimento, alguns projectos ligados à exploração de recursos minerais foram travados e o sector metalúrgico foi penalizado com o encerramento de uma fábrica e suspensão da construção de outra por parte da ArcelorMittal.
Mas, “em contraste, foi inaugurada na mesma zona uma metalúrgica que exigiu um investimento de 50 milhões de dólares, cujos investidores são sul-africanos e chineses”, com 40 por cento cada, cabendo o resto a moçambicanos. Esta unidade, adianta, tem uma capacidade de produção anual de 200 mil toneladas e destina-se aos mercados da África do Sul, China e Turquia. O Centro de Promoção de Investimentos (CPI) aprovou, em 2009, projectos avaliados em 5,8 mil milhões de dólares, que criaram 125 mil postos de trabalho nos diversos sectores, nomeadamente, agro-florestal, hotelaria e turismo.
O director do CPI, Mahomed Rafique, apontou Portugal, Índia, Ilhas Maurícias e Noruega.
FONTE: Jornal de Angola. Confira aqui!
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