O Governo moçambicano concorda com a presença de figuras internacionais no debate sobre a desmilitarização tal como exige a Renamo, mas estes só poderão participar na discussão do ponto relativo à cessação dos ataques armados.
Segundo Pacheco, chefe da delegação governamental, a posição do Executivo visa acolher os interesses do maior partido da oposição. "Se isso dá conforto à Renamo, o Governo está aberto para a presença de observadores internacionais para o processo específico de cessação de ataques da Renamo a cidadãos indefesos e às Forças de Defesa e Segurança. Teremos de acordar o papel destas figuras no diálogo".
Na ronda havida esta segunda-feira (17), a 44ª, as duas delegações criaram uma comissão composta por peritos militares de ambas as partes que deverá discutir os termos de referência sobre a cessação dos ataques e a possível presença de fiscais estrangeiros no processo, apresentados à delegação governamental na passada sexta-feira.
A referida comissão tem até à próxima sexta-feira (21) para apresentar o relatório do seu trabalho para que as delegações possam avançar com essa matéria.
Assim, segundo esclareceu Pacheco, a comissão de peritos militares deverá trazer uma proposta concreta sobre como vai acontecer e qual será o papel de possíveis observadores internacionais que possam participar nessa parte específica de cessação de ataques.
"Os peritos militares vão-se debruçar sobre os mecanismo para a cessação dos ataques e trarão em sede de diálogo o que deve ser feito para se chegar a essa plataforma de ordem e tranquilidade pública na região centro do país", afirmou o chefe da delegação governamental, José Pacheco.
Por seu turno, o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, referiu que na ronda de hoje as partes concordaram com o facto de haver uma necessidade urgente de intervenção de entidades internacionais para se resolver a situação prevalecentes sobre os confrontos armados. Sobre a comissão esclareceu que esta está para ajudar a harmonizar os termos de referência.
A Verdade
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