- Enquanto isso a população vive dias de desespero e de incerteza.
Maputo (Canalmoz) – O Governo e a Renamo trocaram nesta segunda-feira em Maputo acusações sobre os ataques militares que até na manhã desta segunda-feira decorriam em Cheringoma, Gorongosa e Inhaminga, na província centra...l de Sofala, com cada uma das partes a queixar-se de ser vítima e de ter sido provocada.
A Renamo acusou as tropas combinadas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM)/Força de Intervenção Rápida (FIR) de continuarem a atacar as suas posições em Cheringoma e Gorongosa.
Nos ataques, segundo António Muchanga, porta-voz do presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, para além das forças do Governo saquearem as casas das populações e estão a queimar as mesmas.
"Os ataques que temos vindo a reportar desde que há dois meses o presidente Dhlakama orientou os homens da Renamo para pararem com as ofensivas nas frentes de Tete, Inhambane, Gaza, Maputo e no troço Muxúnguè/Save, não têm razão de ser, dado que são uma afronta ao gesto que visa demonstrar com actos concretos que o conflito está a ter o devido encaminhamento em sede do diálogo.
De acordo com António Muchanga, a persistência dos ataques, os saques e a destruição dos bens das populações através do fogo pelas forças governamentais está a esgotar a paciência dos comandantes da Renamo nas outras regiões, porque entendem que deviam também avançar com as ofensivas como forma de solidarizarem-se com seus colegas que estão a ser vítimas na região centro do País, nomeadamente em Cheringoma, Gorongosa e Marínguè.
"Apesar do seu carisma e alto grau de respeito hierárquico os comandantes estão a pressionar o presidente Dhlakama no sentido de os autorizar a responder às provocações em qualquer parte do território nacional", disse a fonte.
Muchanga referiu que mais de 24 casas já foram queimadas na zona de Ndimba, desde o início do mês de Março, o régulo local foi espancado e seus bens pilhados e queimados.
No último domingo, ainda segundo a fonte da Renamo, populares foram espancados na vila de Inhaminga, dentre eles, um comerciante que foi gravemente ferido no membro inferior por balas propositadamente disparadas pelas forças do Governo.
Na mesma conferência de Imprensa, a Renamo denunciou que se notam concentrações e movimentos desusados e estranhos de forças do Governo na vila da Gorongosa, o que leva a crer que a qualquer momento as populações de Vunduzi serão atacadas.
"Perante estes factos em nome da Paz o presidente Dhlakama apela ao presidente Armando Guebuza, na sua qualidade de comandante-chefe das Forças FADM/FIR a assumir as suas responsabilidades, pondo mão na consciência para que o arrependimento não venha tardiamente, pois a população que é atacada, e os militares que se confrontam são filhos deste Estado e esperam que o silêncio cúmplice deixe de existir, porque indicia que qualquer acordo a ser alcançado na sede do diálogo pode não trazer a Paz almejada, porque o chefe de Estado não controla alguns comandantes que estão dentro do exército governamental", concluiu o mesmo porta-voz.
Governo contrapõe
Mas o Governo moçambicano, através do ministro da Agricultura e chefe da delegação do executivo nas negociações com a Renamo, deu a conhecer em conferência de Imprensa em Maputo que "a Renamo é que atacou as posições das forças militares do Governo".
"Repudiamos o ataque da Renamo às unidades das forças de defesa e segurança que estavam em reabastecimento em Inhaminga", disse José Pacheco.
Questionado pelo Canalmoz sobre o rescaldo dos referidos ataques, o ministro Pacheco disse que estava a ser feito trabalho no terreno para se apurar as consequências.
(Bernardo Álvaro, Canlmoz)
Maputo (Canalmoz) – O Governo e a Renamo trocaram nesta segunda-feira em Maputo acusações sobre os ataques militares que até na manhã desta segunda-feira decorriam em Cheringoma, Gorongosa e Inhaminga, na província centra...l de Sofala, com cada uma das partes a queixar-se de ser vítima e de ter sido provocada.
A Renamo acusou as tropas combinadas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM)/Força de Intervenção Rápida (FIR) de continuarem a atacar as suas posições em Cheringoma e Gorongosa.
Nos ataques, segundo António Muchanga, porta-voz do presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, para além das forças do Governo saquearem as casas das populações e estão a queimar as mesmas.
"Os ataques que temos vindo a reportar desde que há dois meses o presidente Dhlakama orientou os homens da Renamo para pararem com as ofensivas nas frentes de Tete, Inhambane, Gaza, Maputo e no troço Muxúnguè/Save, não têm razão de ser, dado que são uma afronta ao gesto que visa demonstrar com actos concretos que o conflito está a ter o devido encaminhamento em sede do diálogo.
De acordo com António Muchanga, a persistência dos ataques, os saques e a destruição dos bens das populações através do fogo pelas forças governamentais está a esgotar a paciência dos comandantes da Renamo nas outras regiões, porque entendem que deviam também avançar com as ofensivas como forma de solidarizarem-se com seus colegas que estão a ser vítimas na região centro do País, nomeadamente em Cheringoma, Gorongosa e Marínguè.
"Apesar do seu carisma e alto grau de respeito hierárquico os comandantes estão a pressionar o presidente Dhlakama no sentido de os autorizar a responder às provocações em qualquer parte do território nacional", disse a fonte.
Muchanga referiu que mais de 24 casas já foram queimadas na zona de Ndimba, desde o início do mês de Março, o régulo local foi espancado e seus bens pilhados e queimados.
No último domingo, ainda segundo a fonte da Renamo, populares foram espancados na vila de Inhaminga, dentre eles, um comerciante que foi gravemente ferido no membro inferior por balas propositadamente disparadas pelas forças do Governo.
Na mesma conferência de Imprensa, a Renamo denunciou que se notam concentrações e movimentos desusados e estranhos de forças do Governo na vila da Gorongosa, o que leva a crer que a qualquer momento as populações de Vunduzi serão atacadas.
"Perante estes factos em nome da Paz o presidente Dhlakama apela ao presidente Armando Guebuza, na sua qualidade de comandante-chefe das Forças FADM/FIR a assumir as suas responsabilidades, pondo mão na consciência para que o arrependimento não venha tardiamente, pois a população que é atacada, e os militares que se confrontam são filhos deste Estado e esperam que o silêncio cúmplice deixe de existir, porque indicia que qualquer acordo a ser alcançado na sede do diálogo pode não trazer a Paz almejada, porque o chefe de Estado não controla alguns comandantes que estão dentro do exército governamental", concluiu o mesmo porta-voz.
Governo contrapõe
Mas o Governo moçambicano, através do ministro da Agricultura e chefe da delegação do executivo nas negociações com a Renamo, deu a conhecer em conferência de Imprensa em Maputo que "a Renamo é que atacou as posições das forças militares do Governo".
"Repudiamos o ataque da Renamo às unidades das forças de defesa e segurança que estavam em reabastecimento em Inhaminga", disse José Pacheco.
Questionado pelo Canalmoz sobre o rescaldo dos referidos ataques, o ministro Pacheco disse que estava a ser feito trabalho no terreno para se apurar as consequências.
(Bernardo Álvaro, Canlmoz)
No comments:
Post a Comment