Pelo menos 1.200 espécies, mais de 20 delas novas para a ciência, foram identificadas no primeiro grande levantamento dos animais e plantas existentes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique.
O cientista Piotr Naskrecki contou à Lusa, por telefone, que os números ainda são provisórios, porque o trabalho de laboratório ainda não está concluído, mas para já os resultados são muito satisfatórios.
"Não podíamos estar mais felizes com o que encontrámos", disse o investigador, sublinhando que entre 900 e mil das espécies até agora identificadas nunca tinham sido registadas no parque, muitas são novas para Moçambique e algumas nunca tinham sido vistas por um cientista, pelo que nem sequer têm nome.
Cerca de 35 espécies de pequenos mamíferos (com menos de um quilo), como roedores ou morcegos; pelo menos 182 espécies de aves, quatro das quais novas para a ciência; e 17 espécies de orquídeas, algo que não é comum encontrar na savana leste-africana, são alguns dos resultados preliminares do levantamento destacados pelo cientista.
Naskrecki sublinha ainda que a expedição identificou pelo menos 80 espécies de répteis e anfíbios (47 répteis e 33 anfíbios), o que "quadruplica o número anteriormente conhecido no parque".
Ao longo de três semanas, 15 biólogos de diversas nacionalidades fizeram o primeiro grande levantamento dos animais e plantas existentes na Gorongosa, centrando-se numa zona conhecida como Planalto de Cheringoma, a pouco explorada borda oriental do Grande Vale do Rift Africano, do qual a Gorongosa é a ponta mais ao sul.
Nota do Editor: Na imagem, o 'Besouro Bombardeiro', das novas espécies descobertas pela equipa liderada pelo cientista Piotr Naskrecki
RM
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