Tuesday, 13 August 2013

Moçambique anda nos bolsos de elites políticas


Por Edwin Hounnou
O estudo (www.exclusive-analisis, de Robert Besseling, Expert Contributor, Africa, IHS Country Risk Analysis and Forescasting) mostra que Moçambique é um país rico em recursos, mas, a sua capacidade de produzir o bem-estar para todos está bloqueada por um grupo de indivíduos ligados ao partido no poder, encabeçado pelo Presidente da República, Armando Guebuza, cuja ambição pelo enriquecimento fácil é infinita. O nosso país tem carvão, gás natural, areias pesadas, etc., que o governo partilha com as multinacionais porque alguns dirigentes do Partido/Estado estão a elas associados neste roubo dos recursos nacionais.   
O estudo diz que Guebuza é o homem mais rico do país - mais rico que Barack Obama. Usa a Presidência para multiplicar o seu património. Está na Cornelder, gestora dos portos de Maputo, Beira, Nacala e Quelimane. Meteu-se na gestão dos CFM, levada à falência por quem, hoje, colhe seus benefícios à custa do desemprego de milhares de trabalhadores, por consentimento de um governo ausente. A postura de Guebuza confirma a versão de que, em muitos países de África, ocupar um alto cargo público, é sinónimo de atracar a um porto onde se enriquece sem causa.   
Acompanham a Guebuza seus familiares e amigos, como Celso Correia; braço direito de Guebuza na INSITEC, Sérgio Pantie, o novato da Comissão Política da Frelimo; António Sumbana, ministro na Presidência e sócio de Guebuza em vários empreendimentos, incluindo na fraudulenta venda de 150 machimbombos ao governo; Salimo Abdula, executivo de Guebuza na INTELEC; General Tobias Dai, cunhado de Guebuza; Valentina Guebuza, filha de Guebuza; Tânia Romana Matsinhe, executiva da INTELEC; SPI – holding da Frelimo que interfere nos negócios do Estado e Petroline - empresa da PETROMOC (é deles) e firmas sul-africanas.
É nesta falsidade que Guebuza tenta convencer o povo de que o país não pode pagar aos funcionários públicos salários razoáveis. Isso é mentira. As estradas estão 
esburacadas, as escolas, muitas delas, precárias, as crianças estudam encurvadas ao chão por falta de carteiras, as cidades estão a cair enquanto os nossos recursos engordam as elites políticas e as multinacionais. O que está mal são os governantes que tornam os nossos recursos numa maldição porque o povo fica com escolinhas e eles com o naco.  
 Moçambique só se safará quando se libertar dos governantes indignos. O nosso país tem recursos, se bem geridos, para todo o povo viver decente, mas, antes, precisa livrar-se dos governantes corruptos que usurparam o nosso carvão, gás natural, madeiras, complexos ferro-portuários, minas, bancos, etc., e em conluio com chineses, desmatam as nossas florestas.
A luta tem que iniciar agora antes que sejamos jogados para o buraco da desgraça, de onde dificilmente poderemos sair, não votando no partido que nos empobrece e nos seus candidatos. Que se cuidem os que pensam que podem subjugar o povo com a força da polícia e das cadeias.

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