Por Edwin Hounnou
O estudo (www.exclusive-analisis, de Robert Besseling, Expert Contributor, Africa,
IHS Country Risk Analysis and Forescasting) mostra que Moçambique é um país rico em recursos, mas, a
sua capacidade de produzir o bem-estar para todos está bloqueada por um grupo
de indivíduos ligados ao partido no poder, encabeçado pelo Presidente da
República, Armando Guebuza, cuja ambição pelo enriquecimento fácil é infinita. O
nosso país tem carvão, gás natural, areias pesadas, etc., que o governo partilha
com as multinacionais porque alguns dirigentes do Partido/Estado estão a elas associados
neste roubo dos recursos nacionais.
O estudo diz que Guebuza
é o homem mais rico do país - mais rico que Barack Obama. Usa a Presidência para
multiplicar o seu património. Está na Cornelder, gestora dos portos de Maputo,
Beira, Nacala e Quelimane. Meteu-se na gestão dos CFM, levada à falência por
quem, hoje, colhe seus benefícios à custa do desemprego de milhares de
trabalhadores, por consentimento de um governo ausente. A postura de Guebuza confirma
a versão de que, em muitos países de África, ocupar um alto cargo público, é sinónimo
de atracar a um porto onde se enriquece sem causa.
Acompanham a Guebuza seus
familiares e amigos, como Celso Correia; braço direito de Guebuza na INSITEC,
Sérgio Pantie, o novato da Comissão Política da Frelimo; António Sumbana,
ministro na Presidência e sócio de Guebuza em vários empreendimentos, incluindo
na fraudulenta venda de 150 machimbombos ao governo; Salimo Abdula, executivo
de Guebuza na INTELEC; General Tobias Dai, cunhado de Guebuza; Valentina
Guebuza, filha de Guebuza; Tânia Romana Matsinhe, executiva da INTELEC; SPI –
holding da Frelimo que interfere nos negócios do Estado e Petroline - empresa
da PETROMOC (é deles) e firmas sul-africanas.
É nesta
falsidade que Guebuza tenta convencer o povo de que o país não pode pagar aos
funcionários públicos salários razoáveis. Isso é mentira. As estradas estão
esburacadas, as escolas,
muitas delas, precárias, as crianças estudam encurvadas ao chão por falta de carteiras,
as cidades estão a cair enquanto os nossos recursos engordam as elites
políticas e as multinacionais. O que está mal são os governantes que tornam os nossos
recursos numa maldição porque o povo fica com escolinhas e eles com o naco.
A luta tem que iniciar
agora antes que sejamos jogados para o buraco da desgraça, de onde dificilmente
poderemos sair, não votando no partido que nos empobrece e nos seus candidatos.
Que se cuidem os que pensam que podem subjugar o povo com a força da polícia e
das cadeias.
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